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Vacinas produzidas na África do Sul devem ser prioritárias para o continente africano, diz OMS

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou hoje à farmacêutica Johnson & Johnson para deixar de enviar as vacinas contra a Covid-19 que produz na África do Sul para países ricos, alertando para a escassez de vacinas em África.

“Instamos a J&J a dar prioridade urgente à distribuição de vacinas em África antes de pensar em fornecer para países ricos que já têm [doses] suficientes”, disse o director da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa.

O director-geral da OMS, citado pela Segundo a agência noticiosa Efe, pediu também à farmacêutica suíça Roche para partilhar a sua tecnologia e informações relacionadas com o fármaco “tocilizumab”, que a agência das Nações Unidas recomendou em Junho para o tratamento de casos graves de Covid-19.

“Pedimos que [este medicamento] seja distribuído de forma equitativa”, sublinhou Ghebreyesus.

O responsável da organização queixou-se da falta de vacinas nos países pobres, apesar dos apelos da OMS.

“Atualmente, apenas 10 países administraram 75% de todas as vacinas e os países de rendimentos baixos apenas vacinaram 2% da sua população”, apontou o etíope, que reiterou o apelo da OMS para que os países que estão a propor uma terceira dose da vacina apoiem os países que ainda nem terminaram a vacinação dos trabalhadores de saúde e dos grupos de risco.

De acordo com os dados mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, o continente conta mais de 7,3 milhões de casos desde o início da pandemia, incluindo mais de 185 mil mortes.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.381.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 208,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Press.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

Por Lusa