Saúde
Vacinação contra cólera em análise esta quarta-feira na Rádio Correio da Kianda
Os resultados e abrangência da campanha de vacinação contra cólera, estarão em análise esta quarta-feira, 5, no magazine informativo Capital Central da Rádio Correio da Kianda.
Continuam a aumentar os casos diariamente, numa altura em que as autoridades sanitárias admitem haver exiguidade no stock de vacinas no país, por isso, optaram por implementar nesta fase apenas nos grandes epicentros da epidemia.
Os nossos especialistas irão analisar as possíveis implicações resultantes dessa medida e apontar soluções para estancar a progressão do surto que continua a ceifar vidas em diferentes províncias do país.
Jeremias Agostinho – especialista em saúde Pública, Francelina Tomás – educadora social, Agostinho Paulo – sociólogo e um representante da Comissão Multissectorial de Combate à Cólera, farão parte do leque de convidados na conversa que irá ao ar às 9 horas.
De acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, o país recebeu, a 20 de janeiro último, 948 mil 466 doses da vacina, tendo sido selecionadas as populações a imunizar, à luz dos critérios epidemiológicos.
Lutukuta, que sublinhou que algumas províncias não serão abrangidas nessa campanha afirmou que a vacina cuja a sua administração terminou esta terça-feira, 04, faz parte do stock mundial de reserva da Organização Mundial da Saúde (OMS) para resposta a surtos epidémicos de cólera, referindo que “existem no mundo apenas oito milhões de doses e para Angola foi disponibilizado menos de um milhão”.
Silvia Lutucuta precisou que a meta é imunizar o maior numero de pessoas com o envolvimento de seis mil 104 pessoas, entre vacinadores, mobilizadores, registadores, supervisores e pessoal local para garantir que a mesma seja eficaz, acrescentando que os membros dos Órgãos de Defesa e Segurança que apoiam as equipas não ficaram de fora.
A vacina para o combate a cólera é de administração oral, comercialmente designada por Euvichol e foi pré-qualificada pela OMS, em 2015. A mesma é também fornecida em frascos para ser administrada a indivíduos com idade igual ou superior a um ano, por via oral em dose única.
Sílvia Lutucuta alertou que “a vacinação contra a cólera não substitui as medidas de prevenção, como higiene individual, saneamento básico, comunicação de risco, distribuição e tratamento da água de consumo”.
Lembrar que, para o combate ao actual surto de cólera, o Ministério da Saúde traçou sete pilares de contingência, que são a gestão de casos, acesso à água potável, segurança e higiene dos alimentos, saneamento e higiene ambiental, vigilância epidemiológica activa, comunicação de risco, engajamento comunitário e vacinação.