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Universidades privadas preparam aumento de propinas para próximo ano académico

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As universidades privadas estão autorizadas a aumentar as propinas para o próximo ano académico ou lectivo, na ordem dos 20,74%.

Em causa está uma autorização concedida por decreto que permite ajustamento de preços com base na inflação homóloga registada nos meses de Maio de cada ano.

De acordo com o que o governo definiu, as instituições de ensino superior passam a ajustar o valor das propinas, com base na taxa de inflação, tal como aconteceu nos últimos 3 anos lectivos em que algumas universidades e institutos superiores aumentaram as propinas, obedecendo o limite.

Entretanto alguns estudantes, mostram-se preocupados com a notícia, e antevêem momentos difíceis, no próximo ano lectivo.

O presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Superior disse esta quarta-feira, 25, à Rádio Correio da Kianda, que o aumento das propinas embora venha a servir de barreiras aos estudantes com fraco poder económico-financeiro, visa dar maior sustentabilidade e qualidade as instituições superiores, dado o actual quadro socioeconómico do país por conta da depreciação vertiginosa da moeda nacional.

Eduardo Peres Alberto defende a necessidade de o governo subvencionar alguns encargos das instituições privadas, por formas a travar estes aumentos, que podem constituir barreiras de acesso ao ensino a muitos estudantes.

Já o politólogo Adálio Pereira disse que o governo está numa situação muito “desconfortável”, agravada com o actual estado socioeconómico do país, e vê-se acima de tudo, “forçado” a salvaguardar os interesses das empresas e os empregos de milhares chefes de famílias.

O economista José Lumbo disse não ser prudente justificar o aumento das propinas, com recurso a constantes alterações da taxa de inflação.

O especialista disse que ainda que se venha a verificar a inflação homóloga não se vai notar tantos sobressaltos ou alterações que forcem uma subida do preço das propinas nas universidades.

José Lumbo disse ainda que “a qualidade do ensino fica comprometida a partir do momento que o objectivo da universidade passa por obter lucro”, denunciando por outro lado a existência de instituições de ensino superiores cujos preços das propinas são caríssimo equipado ao pagamento aos seus docentes.

O economista disse que o aumento das propinas neste momento é imprudente, dado o actual custo de vida das famílias.

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