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UNITEL considera infundadas acusações da PT Ventures

A Unitel considera infundadas as acusações feitas pela accionista PT Ventures, segundo as quais a parte angolana na sociedade furtou-se reiteradamente em fazer a transferência de dividendos, um processo que se arrasta desde 2015.

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Num comunicado a que a Angop teve hoje acesso, a propósito de uma citação que a operadora recebeu a 07 deste mês do Tribunal Provincial de Luanda relativa à uma acção instaurada pela PT Ventures, a solicitar a nomeação urgente de um Administrador Judicial para actuar como órgão de administração da empresa, em substituição do actual conselho de administração, a Unitel refere que já se disponibilizou repetidamente pagar os dividendos em Angola, conforme exigido por lei.

A PT Ventures, empresa adquirida pela brasileira Oi, em 2014, reclama a transferência de dividendos no valor acima de 600 milhões de dólares, que supostamente os sócios angolanos se recusam a pagar, uma declaração considerada incorrecta e falsa pela Unitel.

No comunicado, a Unitel explica que a PT Ventures (que agrega os activos africanos que transitaram da Portugal Telecom para a brasileira Oi) se tem recusado a aceitar esse pagamento, alegando que os seus dividendos deveriam ser pagos fora de Angola e em moeda estrangeira.

A operadora de telefonia refere no comunicado que a PTV solicitou que o Tribunal tomasse essa medida sem audição prévia da UNITEL e sem aviso prévio ou consentimento dos outros três accionistas (os quais em conjunto representam 75% do capital social da empresa).

“Esta acção judicial é o mais recente esforço de ataque concertado e contínuo à UNITEL e aos Accionistas Angolanos da UNITEL desde que a PTV foi adquirida em 2014 pela Oi S.A. (“Oi” – OIBR4), uma empresa brasileira de telecomunicações”, lê-se na nota.

Segundo o comunicado, as acusações infundadas feitas pela PTV contra a UNITEL são invenções sem qualquer fundamento ou prova e demonstram um completo desrespeito pela reputação exemplar da UNITEL como uma das empresas mais inspiradoras e bem-sucedidas em Angola e no continente africano.

Esta acção judicial permite à Oi ter a expectativa de tomar o controlo de uma empresa angolana, para forçar os accionistas angolanos a adquirirem as acções pertencentes à Oi a um preço inflacionado.

Apesar da recente desvalorização substancial do Kwanza em relação ao dólar americano e da dificuldade de acesso a moeda estrangeira para satisfazer as suas necessidades operacionais, a Unitel continuou a aumentar a sua quota de mercado e a investir em Angola. Esses excelentes resultados beneficiaram todos os accionistas da UNITEL, incluindo a PTV, bem como os nossos clientes e colaboradores.

A Unitel refuta totalmente todas as pretensões alegadas pela PTV e irá, de forma vigorosa, apresentar a sua defesa contra essas alegações infundadas e difamatórias.

O comunicado da Unitel surge um dia depois de um erro na publicação dos editais a convocar uma assembleia-geral extraordinária da empresa ter precipitado a questão, uma vez que os dois pontos da agenda da reunião, marcada erradamente 19 de Fevereiro quando acontecerá apenas a 19 de Março, eram a discussão de uma providência cautelar interposta pela PT Ventures e a eleição dos membros dos órgãos sociais para o mandato de 2018/2020.

A Unitel tem como accionistas as empresas PT Ventures, Sonangol, Vidatel e Geni, todas com igual participação accionista de 25%.

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