Politica
UNITA suspende dirigentes que votaram contra candidatura de ACJ
De acordo com fontes do Correio da Kianda, ligada ao maior partido na oposição, a actual direcção da UNITA, liderada por Adalberto Costa Júnior, age de forma ditatorial onde “os membros e dirigentes são obrigados a cumprirem tudo e não terem opinião própria, sob pena de serem suspensos ou mesmo, nos casos mais extremos, serem expulsos da organização”.
Depois da expulsão do antigo secretário para Comunicação e Informação e Marketing da JURA, Gaspar Luamba, no mês passado, que causou várias reacções negativas dentro do “galinheiro”, de entre elas a do ex-secretário provincial da UNITA na Huíla, alegadamente por proferir mensagem nas redes sociais que descredibilizam a UNITA e os seus dirigentes, o Correio da Kianda soube que, nesta segunda-feira, 13, a direcção da UNITA suspendeu dois altos dirigentes da JURA e membros do Conselho Político.
Foram suspensos, o Secretário Nacional da JURA para Mobilização, Filipe Mendonça, e o Secretário Nacional para Assuntos Institucionais e Académicos do Executivo Nacional da JURA, Miraldino Cafussa, por alegadamente na altura do XIII Congresso Ordinário da UNITA, votarem contra a aprovação de uma certa candidatura por insuficiência de um dos requisitos fundamentais para concorrer à presidência da UNITA, informou o advogado e Director Nacional da JURA para a Mobilização Urbana, Laurindo Sahana.
“A vossa suspensão é o preço da verticalidade que têm vindo a demonstrar desde o momento que na comissão de mandatos do XIII Congresso Ordinário, votaram contra a aprovação de uma certa candidatura por insuficiência de um dos requisitos fundamentais para concorrer”.
Laurindo Sahana disse ainda que “enquanto advogado em quatro processos, sendo um terminado em expulsão, não me surpreendi com a suspensão destes dois companheiros dado ao actual momento que se vive. Ademais, no tempo oportuno, poderemos nos pronunciar sobre algumas irregularidades assistidas”, frisou.
O jovem advogado apelou ainda a direcção da UNITA a pautar mais pelo diálogo para se evitar um caos interno.
“À direcção do partido, pedimos a abertura total para um diálogo franco e não de fachada, a humildade de aceitar as críticas e sobretudo, reconhecer os erros, pois, tanto os ditos críticos e os mais velhos ninguém está 100% certo, mas se existir um diálogo sincero, poder-se-á acertar os passos e evitar o caos”.