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UNITA solicita audiências para apurar “escândalos” ligados ao tráfico de drogas e corrupção no país

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O Grupo Parlamentar da UNITA solicitou esta terça feira, 7, audição, com carácter de urgência, ao Procurador Geral da República, ao Ministro do Interior e ao Director Geral do Serviço de Investigação Criminal, em virtude de situações ligadas ao aumento do tráfico de drogas no país e denúncias de corrupção.

Expresso em um comunicado chegado à redacção do Correio da Kianda, o GPU diz que tomou conhecimento, pela imprensa, da detenção no Reino da Espanha do navio Simione de bandeira angolana, supostamente com três toneladas de drogas. Foram tornados públicos documentos com teor contraditórios de duas instituições do Estado angolano, a PGR e o SIC.

Os parlamentares do maior partido na oposição apontaram também, no comunicado, o suposto envolvimento em “escândalos” de corrupção do juiz conselheiro presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo.

“O sistema judicial angolano define que a jurisdição comum é encabeçada pelo Tribunal Supremo. Portanto, não há Estado de direito sem independência dos Tribunais. Os juízes e outros operadores de justiça devem estar apenas sujeitos à Constituição e à lei”, começou por dizer  e acrescentou: “quando o nome do Juiz Conselheiro Presidente do Tribunal Supremo é vezes sem conta associado à escândalos de corrupção, má gestão e autoritarismo, todo o sistema de organização e funcionamento dos Tribunais fica em causa”, reforça.

Entretanto, avança o comunicado, “os juízes devem ser periodicamente avaliados pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial. Ao Conselho Superior da Magistratura Judicial compete ainda ordenar sindicâncias, inspecções e inquéritos aos serviços judiciais e propor as medidas necessárias à sua eficiência e aperfeiçoamento”.

O comunicado concluí dizendo que “quando numa função de Estado, os interesses privados se sobrepõem aos interesses gerais, a ética e a moral pública apelam a elevação e consequente responsabilização”.

Com isso, a UNITA responde a pressão feita por grupos da sociedade que alegavam um certo “silêncio” do maior partido da oposição, ante as várias denúncias de corrupção e escalada do tráfico de drogas no país.




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