Politica
Cartões de compras de juízes: UNITA prepara reacção
A UNITA prometeu esta quinta-feira, 8, reagir, nos próximos dias, à notícia veiculada em alguns órgãos de Comunicação Social, que dá conta de um procedimento que se destina à aquisição de cartões de supermercado para distribuir aos juízes conselheiros da mais alta instância da jurisdição comum do poder judiciário de Angola, num valor estimado em 345 mil dólares norte-americanos, equivalente a 210 milhões de kwanzas, segundo fez saber, o Novo Jornal.
Contactado pelo Correio da Kianda, o porta-voz do partido do Galo Negro, Marcial Dachala, limitou-se em assegurar que o seu partido poderá se pronunciar sobre o assunto. “Vamos reagir”, prometeu, o político.
Segundo escreve o Novo Jornal, o anúncio do concurso promovido pelo Tribunal Supremo está publicado no Portal da Contratação Pública. E adianta, por outro lado, o jornal, que cálculos feitos, os 210 milhões de kwanzas pelos 12 meses do ano, e pelo número de juízes conselheiros, o total por cada um dos magistrados, rondará os 760 mil kwanzas (1,2 mil dólares), valor que se junta às demais regalias.
Segundo escreve o jornal que temos vindo a citar, os juízes conselheiros auferem, mensalmente, um vencimento-base, suplementos, prestações sociais, diuturnidades, abonos complementares e extraordinários previstos na lei, que integram abono para despesas de representação, subsídio de férias, ajudas de custo e subsídio diário, subsídio de instalação, subsídio de risco, subsídio de chefia, subsídio de atavio.
Incluem igualmente, conclui, para além da casa de função ou subsídio de renda, passaporte diplomático e serviço protocolar, viatura do Estado para apoio às necessidades de casa (uma), dois motoristas, um cozinheiro, uma lavadeira, e um empregado doméstico.
Inácio João
08/06/2023 em 11:48 pm
Está aqui subjacente a razão da expressão de haver filhos e enteados num país que à todos angolanos pertence. Se pelo menos, atribuíssem cartões complemetares à toda a função pública, como antes, acredito que estariam minimizadas a questão das dificuldades alimentares do trabalhador honesto. Agora, privilegiarem determinadas classes com benesses do género, deixando outras entregues à sua sorte, dependentes do salário irrisório que mtos cidadãos da função pública auferem,é de per si um erro crasso.
700 mil, é o salário líquido de um oficial comissário da polícia nacional. o superintendente-chefedo Minint, seja qual for a especialidade, aufere pouco mais de 500.000 kzs, sem qlqr outra benesse que dê suporte à esse valor. E é com este valor que este agente resolve todas as despesas do lar e outras ao longo de um mês. Portanto, aconselho a verem bem essa irreverente situação que considero uma ofensa a moral pública. Em Angola, não vivem só juízes ou governantes, em Angola, vivem angolanos.
Tony
09/06/2023 em 5:13 pm
Angola è para 1% dos cidadaos… cada um que se vai embora é um alivio para o M.