Sociedade
UNITA preocupada com futuro do Novo Jornal
Maior jornal generalista privado do país passou, por decisão do tribunal, a ser controlado pelo empresário Álvaro Sobrinho, cujo nome está associado à falência do banco BESA. O partido liderado por Adalberto Costa Júnior teme que a linha editorial do órgão seja afectada.
A UNITA, maior partido na oposição em Angola, manifestou, através de uma nota enviada à nossa redacção, preocupação face ao litígio pela titularidade do Novo Jornal (NJ), entre os empresários Álvaro Sobrinho e Emanuel Madaleno, este último administra a entidade desde 2015/2016.
Por hora, o Tribunal da Comarca de Luanda decidiu a favor de Álvaro Sobrinho, retirando a titularidade a Emanuel Madaleno, mas este, insatisfeito, promete recurso.
O Novo Jornal é hoje o maior órgão de imprensa generalista privado do país, cuja cobertura plural tem agradado a muitos, sobretudo aos partidos na oposição que não têm tido espaço na imprensa estatal.
Para a UNITA, como expressa na sua nota de imprensa, o NJ é ”dos poucos jornais que sobraram da saga dos últimos anos, com independência editorial nos marcos da verdadeira liberdade de expressão e imprensa”, e citando o Sindicato dos Jornalistas de Angola (SJA), sublinha que a referida independência do órgão tem ”incomodado as autoridades governamentais, que tudo fazem para mudar a tutela e deter controlo da linha editorial”.
E face à indefinição igualmente do futuro do colectivo de trabalhadores, o Grupo Parlamentar da UNITA ”solidariza-se com os jornalistas e a direcção do Novo Jornal [chefiada por Armindo Laureano]”.
Entre outras coisas, o partido liderado por Adalberto Costa Júnior diz augurar que o ”desfecho desta disputa não venha a beliscar a essência da sua independência editorial e, concomitantemente, as liberdades de expressão e imprensa constitucionalmente consagradas”.
Luis Mota
31/12/2023 em 6:54 am
Epah realmente será um erro crasso pelo tribunal, aqui se depreende que o que está em questão e o calar desse jornal por estar a incomodar o governo, e mau isso dentro em pouco nada nem ninguém conseguirá dizer seja o que for em prol de algumas situações indesejáveis
Fernando António Heque
01/01/2024 em 9:44 am
É preocupante esta situação. No noss9 País não há a Independência Institucionais.