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UNITA portou-se de forma “imunda” no discurso do PR sobre a Nação, diz líder parlamentar do MPLA

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Durante o discurso de João Lourenço sobre o Estado da Nação, a 15 de Outubro último, evento que marcou igualmente a abertura do ano parlamentar, o maior partido na oposição não poupou o Presidente da República, e exibiu cartazes em que apelava João Lourenço a demitir-se.

O presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Reis Júnior, tomou ontem por “imunda” o comportamento da UNITA adoptado durante o último discurso sobre o Estado da Nação, realizado pelo Presidente João Lourenço, na Assembleia Nacional, no dia do mês transacto.

No período em referência, João Lourenço transmitiu a mensagem à Nação em cumprimento do disposto no artigo 118º da Constituição da República de Angola, que obriga o Chefe de Estado a proferir, anualmente, um discurso sobre o Estado da Nação.

Durante o referido discurso, os deputados do Grupo Parlamentar da UNITA não pouparam nas críticas ao Presidente, tendo-o apupado várias vezes, além de terem exibido cartazes em que apelavam ao Presidente a demitir-se.

Ao que tudo indica, o facto irritou a sério o MPLA, tendo o líder do seu Grupo Parlamentar, Reis Júnior, reagido fervorosamente na manhã dessa quinta-feira, durante a discussão e aprovação na Generalidade da proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025.

“No passado dia 15 de Outubro, por ocasião da abertura do ano legislativo, a bancada parlamentar da UNITA comportou-se de forma imunda, em total desrespeito para com o órgão de soberania Presidente da República, que cumpria um imperativo constitucional de, nesta casa, endereçar uma mensagem à Nação. Foi infeliz, foi desrespeitoso e indecente o comportamento da UNITA”, criticou Réis Júnior, para quem, com tal procedimento, o partido liderado por Adalberto Costa Júnior arriscou transmitir a ideia de que a “desordem, o desacato e a insubordinação são formas admissíveis de expressão política”.

A seguir, o presidente do Grupo Parlamentar do MPLA fez uma incursão aos feitos do Executivo, tendo referido que ao contrário do que a UNITA fala sobre falta de transparência no Governo, o Executivo criou o SIGFE e o Portal da Transparência, no qual é possível consultar as “despesas do Estado”.

“A UNITA grita ‘endividamento excessivo’, enquanto a dívida pública foi reduzida de 136% do PIB para 78% em 2024”, recordou o responsável.

Entre outras coisas, referiu também que o Governo está empenhado na diversificação da economia, e destacou o aumento do peso dos sectores como a agricultura e a indústria no Produto Interno Bruto (PIB).

Por sua vez, a UNITA, através de seu líder parlamentar, Liberty Chiyaka, considerou que o país está diante de um OGE feito alheio aos interesses do povo.

“Este é o Orçamento do negócio da dívida, promotor do peculato, da corrupção e da impunidade; este é o Orçamento do défice estrutural, que alimenta operações operações de branqueamento de capitais e a insustentabilidade das finanças públicas”, entende a UNITA.

O maior partido na oposição lamentou o que chamou de inversão das prioridades constantes na proposta do OGE 2025, tendo sublinhado a Constituição da República “manda erradicar a pobreza, eliminar a fome, tornar universais e gratuitos os cuidados primários de saúde, e garantir o acesso universal ao ensino obrigatório e gratuito”.




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