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UNITA pondera sair da CIVICOP

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A UNITA ameaçou esta terça-feira, 5, abandonar a Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP). O aviso foi hoje deixado pelo presidente do referido partido.

Em conferência  de imprensa, Adalberto Costa Júnior justificou o anúncio da alegada saída da CIVICOP, apontando razões, segundo referiu, de alegadas interferências  de  departamentos de Defesa e Segurança de Estado.

“A UNITA propôs imensas vezes a criação em Angola de uma Comissão de Paz e Reconciliação capaz de debater os conflitos, de responsabilizar, de exigir desculpas aos actores dos conflitos, a todos eles, e de perdoar. Infelizmente, o governo e o partido que o sustenta nunca aceitou uma tal Comissão de Verdade e de Reconciliação Nacional”, lamentou.

Referiu, por outro lado, o líder da UNITA, não existir em “província alguma do nosso país, onde não ocorreram fuzilamentos, mortes por asfixia em contentores, vales e montanhas que testemunharam milhares de cidadãos”, todos eles, ressaltou, “com parentes vivos e com memória viva”.

“Nós acreditamos que as propostas anunciadas na criação da CIVICOP poderiam trazer a Angola a oportunidade de abraçar a verdadeira Reconciliação e Paz dos Espíritos e a UNITA nomeou responsáveis que tomaram posse nesta Comissão e participaram de todos os actos a que foram chamados, avançou.

Sobre as buscas de sepulturas de angolanos perecidos nos conflitos políticos, em áreas outrora sob administração da UNITA, mas sem o conhecimento prévio das famílias, segundo ele, e dos representantes da UNITA na CIVICOP, a UNITA diz que “fere a metodologia de trabalho desta instituição, o espírito de reconciliação, e as leis que regem o seu funcionamento”.

“Com o efeito, a propaganda de capitalizar em nomes sonantes vítimas dos conflitos para ofuscar os largos milhares de anônimos sumariamente mortos e que jazem nas valas do Cacuaco, no bairro Chendovava, na Funda, no cemitério do 14, no Camama, para não falarmos de outras valas existentes em todas as províncias do nosso país, configura das piores ofensas à milhares de famílias sem voz para reclamarem os seus entes queridos desaparecidos”, sublinhou.

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