Politica
“UNITA não deve confundir as questões condenando o MPLA como um todo”, diz Higino Carneiro
O general na reforma Higino Carneiro disse nesta quarta-feira que o conteúdo do comunicado da UNITA emitido ontem, 28, “não é verdade, é mentira”.
O político do MPLA fez estas afirmações à margem da missa que teve lugar na Sé Catedral de Jesus, na Cidade Alta, em Luanda, que visou honrar a memória do antigo Presidente do MPLA e da República, José Eduardo dos Santos, que deixou o mundo dos vivos no dia 8 de Julho de 2022, em Barcelona – Espanha.
O comunicado da UNITA no seu quinto ponto refere que “o discurso do Presidente do MPLA é nostálgico ao Sistema de Partido Único, responsável pela desgraça que se abateu sobre Angola, desde Maio de 1975, quando o MPLA derrubou o Governo de Transição saído dos Acordos de Alvor, para impor aos angolanos a guerra do hegemonismo partidário, que arruinou o país e adiou o seu desenvolvimento económico e social por meio século”.
O General na reforma, representante do Governo nos processos negociais para a paz, considera a afirmação da UNITA como mentira.
O antigo Ministro das Obras Públicas disse que a publicação que fez na sua página do Facebook, só tratou de clarificar “aquilo que a UNITA escreveu no seu comunicado, não é verdade, é mentira”.
“Para alguém como nós, que viveu momentos áureos, de 1975 sabe o que é verdade,” disse em exclusivo à Rádio Correio da Kianda.
Higino Carneiro escreveu na sua página do Facebook que “a UNITA pode defender-se das acusações dirigidas à oposição, pois isso é um direito, mas não deve confundir as questões, condenando o MPLA como um todo. No comunicado do seu Secretariado Permanente da Comissão Política, distribuído hoje à imprensa, a UNITA atribui a responsabilidade pela dissolução do Governo de Transição em 1975 a este partido.
“Para esclarecimento, é importante lembrar que foi a UNITA e a FNLA que abandonaram o Colégio Presidencial. Foi através de José Ndele, então representante da UNITA, e Johnny Eduardo Pinnock, representante da FNLA, que se dirigiram à Rádio Oficial de Angola, actualmente conhecida como Rádio Nacional de Angola, apelando aos cidadãos do Norte e do Sul a abandonarem Luanda em outubro de 1975”, expôs.
Assim, o Colégio Presidencial desfez-se e, consequentemente, o Governo de Transição também. Esta é a verdade que não deve ser deturpada nem ocultada”.
Vale ressaltar que as actividades em comemoração ao aniversário de José Eduardo dos Santos, que se estivesse vivo faria 82 anos, foram promovidas pela FESA e pela Associação AXILUANDA.
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