Politica
UNITA mostra-se segura em caminhar sozinha nas eleições de 2027
As afirmações do Coordenador geral adjunto do PRA-JA Servir Angola continuam a suscitar vivas reacções de políticos e especialistas. Xavier Jaime, disse que “aquela nova formação política pretende acabar com a sectarização da vida sociopolítica em Angola, e pode aliar-se ao MPLA nas eleições de 2027”.
O deputado da UNITA, Domingos Palanga, disse este sábado, 14, não acreditar que isso venha ocorrer, tendo em vista o formato do PRA-JÁ e pela interação que tem tido com alguns dirigentes do partido de Abel Chivukuvuku, mas, admite essa hipótese em constituir um Governo de Unidade e Reconciliação Nacional.
O político do “Galo Negro” garantiu, por outro lado, que se alguma coisa estiver a correr mal, a formação liderada por Adalberto Costa Júnior, está segura em caminhar sozinho, e ser alternância política em 2027, por entender que a UNITA tem um percurso de 58 anos, com a sua marca indiscutível.
Por seu turno, o membro do Comité Central do MPLA, Deodato Francisco, diz que a UNITA está com medo de perder os militantes, depois de não conseguir fragilizar o partido que governa. O político dos camaradas, é de opinião que o surgimento de novas forças políticas é saudável, dão vida a sociedade. Mas, apela que o “Galo Negro” reflicta sobre as causas que o mantêm na oposição, com discursos de vitimização.
Já, o académico Wilton Micolo, disse que ser possível que o PRA-JA venha a juntar-se a uma outra força política, mas, isso pode anular as razões que levaram a sua legalização e, frustrar as expectativas que criou aos outros entes da Frente patriótica Unida e dos cidadãos.
Por seu turno, o analista, Eurico Gonçalves, disse que o discurso de Abel Chivukuvuku que, em 2027 será governo ou parte do governo, enquadra-se na perspectiva da comunicação política, coloca-se na posição de servir todos e tudo.
O também cientista político, considera que a perspectiva do PRA-JA não constitui traição, pelo que encoraja a liderança da nova força política