Politica
UNITA e MPLA na “contra-mão” no agendamento da realização das autarquias locais
O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, considerou o discurso de João Lourenço como “fuga” ao falar sobre autarquias locais. Já a vice-presidente do MPLA entende que a implementação das autarquias locais está dependente da aprovação da lei em falta, e tão logo que se aprove, João Lourenço deverá convoca-las.
Na sua mensagem a Nação proferida ontém, por ocasião da abertura do ano parlamentar, o chefe de Estado garantiu a realização das autarquias locais sem, no entanto, apresentar uma data para sua efetivação.
Em reação ao discurso de João Lourenço, o líder do maior partido na oposição, UNITA, Adalberto Costa Júnior, considera esta previsão como “subterfúgio” a realização das autarquias.
“Subterfúgios foram trazidos para que se atrase a realização daquilo que está separado apenas ao agendamento para aprovar a única proposta de lei que não foi aprovada na generalidade”, disse o político da UNITA.
Adalberto Costa Júnior, que falava em Conferência de Imprensa, entende que a proposta de lei que falta ser aprovada pode ser feita nos próximos dias, por entender ser “sim, possível que até ao final deste ano, esta proposta pode ser aprovada, desde já, dever-se-á também nos debate do OGE do próximo ano, incluir o número necessário para realização do poder local”.
Já o MPLA, na voz da sua Vice-Presidente, Luísa Damião, entende que a realização das eleições autárquicas só deve ser convocada após estarem criadas todas as condições.
“Sabe-se que as eleições autárquicas só podem ser convocadas quando forem criadas todas as condições necessárias para que o presidente o possa fazer”, frisou.
Luísa Damião reitera que o MPLA é que mais está interessado na realização das eleições autárquicas.
“Tem que saber que foi o MPLA que inscreveu a questão das eleições autárquicas na agenda política, logo é o partido que está interessado que se efective as autarquias”, afirmou.
A dirigente dos camaradas, sublinhou que já foram dados “grandes passos para sua efectivação, porque a maior parte dos pacotes já foram aprovados, faltando somente uma lei”.
Luísa Damião acredita que os parlamentares, neste ano legislativo que foi aberto ontém pelo Presidente da República, “vão envidar esforços no sentido, para que esta lei em falta seja aprovada e então se efective a realização das autarquias”.
Quanto a data para sua aprovação, Luísa Damião disse que depende do calendário do programa da Assembleia Nacional.