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UNITA desloca delegação para apurar detenção de deputados durante manifestação no Cuanza Norte

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O Grupo Parlamentar da UNITA, de acordo com uma nota a que a Rádio Correio da Kianda teve acesso, informa a opinião pública que os deputados Francisco Fernandes Falua e João Quipipa Dias, do Círculo Provincial do Cuanza Norte, já em liberdade, foram vítimas de violência policial e de detenção ilegal, este domingo, 16, enquanto exerciam direitos fundamentais protegidos pela Constituição.

As detenções, de acordo com informações, ocorreram na sequência de protestos realizados na cidade de Ndalatando, onde manifestantes exigiam justiça pelas 16 mortes ocorridas naquela localidade do país.

Para constatar no terreno que contribuição adicional poderá ser prestada em prol da paz pública e da confiança nas instituições, bem como manifestar solidariedade incondicional aos Deputados e cidadãos detidos, uma delegação de Deputados do Grupo Parlamentar da UNITA mantem contactos esta segunda-feira, 17, com autoridades locais, bem como as famílias das vítimas já identificadas, quer as vítimas dos 16 homicídios, quer aquelas que foram violentadas por protestarem contra a aparente inacção de quem os devia proteger.

O jurista Fernando Kawewe condena a detenção dos representantes do povo, por serem membros de um órgão de soberania e em nenhum momento podiam ser violentados os seus direitos.

O jurista apela os deputados visados a formalizarem a queixa junto da Procuradoria-Geral da República para a reparação dos danos e respeito pelos seus direitos, pelo facto de gozarem de imunidades e não podiam ter sido detidos.

Foi detido pela Polícia Nacional, o jornalista António Domingos, na cidade de Ndalatando, província do Cuanza Norte, este domingo, quando o profissional cobria uma manifestação de protesto convocada pela sociedade civil, por causa das mortes de camponesas nas lavras.

Segundo o Secretário do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, os efectivos da Polícia Nacional destacados para impedir a realização da manifestação, abordaram o jornalista, que de seguida foi levado as instalações do Comando Municipal, tendo sido libertado transcorrido algum tempo.

Pedro Miguel disse em reacção que a actuação da polícia constitui um grave atentado a liberdade de imprensa, e que fazendo recurso ao código penal e na lei de imprensa, reserva-se ao direito de intentar uma acção judicial contra os autores de tais sevícias por configurarem crime de atentado a liberdade de imprensa.

Em reacção, a Polícia Nacional no Cuanza Norte informa através de uma nota que durante as acções de reposição da ordem, os cidadãos envolvidos insurgiram-se contra os agentes em serviço, tendo sido recolhidos para a esquadra mais próxima, seis cidadãos que depois de devidamente identificados, percebeu-se a presença de dois deputados a Assembleia Nacional, que foram de imediatos postos a liberdade.

Na nota, a Polícia Nacional avança que depois de libertados os seis cidadãos voltaram as ruas e continuaram com as arruaças, que levou as autoridades a fazerem novas detenções.

Segundo ainda a PN serão julgados esta segunda-feira, dois cidadãos sumariamente.

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