Politica
UNITA critica gestão da pandemia de covid-19 no país
A UNITA, maior partido da oposição no país, criticou, na semana finda, por meio de um comunicado, as medidas de gestão da pandemia de covid-19, acusando o Governo de ser displicente e responsável pelo elevado número de mortes nos hospitais.
O comunicado, assinado pelo Comité Permanente do partido do Galo Negro, responsabiliza o governo liderado pelo presidente João Lourenço, pelo elevado número de mortes nos hospitais, resultado do “facto de enormes quantidades de medicamentos, incluindo os testes da covid-19, estarem retidos nos terminais portuários com incompreensíveis dificuldades de desalfandegamento”, lê-se na nota.
O partido fundado por Jonas Savimbi denuncia que “este é mais um episódio que vem reforçar uma profunda preocupação sobre o modo displicente e incapaz como o Governo tem gerido a crise sanitária”, conclui.
Nos últimos meses, desde o surgimento do primeiro caso de covid-19 em Angola são vários os médicos e enfermeiros, tanto em Luanda, como em algumas províncias, que têm estado a expressar descontentamentos, acusando as autoridades sanitárias de os deixarem trabalhar em condições difíceis.
A par dos médicos e enfermeiros, que vêm expressando descontentamento por falta de condições de trabalho, acusando as autoridades de não criar condições para os profissionais de saúde, estão os pacientes, que muitos destes têm sido abandonados pelos enfermeiros por temerem que sejam contaminados.
De recordar que em Maio, dois médicos angolanos do Hospital Regional de Malanje foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), por terem abandonado o posto de trabalho, durante a madrugada, numa altura em que havia pacientes em estado grave a necessitar de assistência especializada.
Angola soma 2.624 casos confirmados de covid-19, com 107 óbitos, 1.063 doentes recuperados e 1.454 hospitalizados.