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UNITA compara morte de cidadãos pela polícia com a do afro-americano Floyd

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A UNITA, maior partido da oposição angolana, comparou hoje as mortes provocadas em Angola, pelo uso excessivo de força da polícia, ao assassínio do afro-americano George Floyd, asfixiado por um agente policial dos Estados Unidos da América.

Em comunicado, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) exprimiu a repulsa ante comportamentos similares, que têm ocorrido em Angola, nesta fase da pandemia de covid-19, “onde as forças da lei e ordem têm usado excesso de força, causando igualmente vítimas mortais”.

A polícia angolana anunciou hoje a morte de uma mulher, na província da Huíla, por disparos de um agente policial, quando tentavam dispersar um grupo de comerciantes num mercado irregular, caso semelhantes a outros registados nas províncias de Luanda, Benguela e Lunda Norte.

UNITA considerou que a “horrenda morte de George Floyd deve merecer uma unânime condenação de todos os africanos”, salientando que o “relativo atraso tecnológico não pode calar e tornar os angolanos subservientes aos aliados em qualquer parte do mundo, ante os episódios como o que vitimou George Floyd, justamente no dia 25 de maio, o Dia de África“.

“A UNITA vem acompanhando com preocupação esta situação e, tal como já o fez saber aquando das manifestações de racismo ocorridas em abril último na República Popular da China, repudia e condena veementemente o ato que vitimou George Floyd, um cidadão que nada fez para merecer tão cruel destino em pleno século XXI, naquela que é considerada uma das maiores democracias do mundo”, lê-se na nota.

A organização política angolana disse esperar que as autoridades americanas, em particular, e as Nações Unidas, em geral, “tomem uma posição que salvaguarde a integridade física, as liberdades e garantias de todos os cidadãos, sem olhar para o tom de pele, origem, credo ou religião, que sejam desencorajados atos de género e sejam, exemplarmente, responsabilizados civil e criminalmente, os seus autores”.

 

C/ Lusa

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2 Comentários

1 Comentário

  1. Arnaldo Valentim

    08/06/2020 em 5:42 pm

    É lamentável que percamos as vidas em plena paz. Porém é igualmente lamentável que se pense que os agentes da Polícia não são pessoas, não têm vida ou não têm receio.
    Como cidadã, defendo que façamos os esforços necessários para que tanto os concidadãos, quanto agentes ao serviço da defesa e segurança não percam vidas.
    Por outro lado, não sou muito a favor que um assunto esses seja transformado em facto político.
    Nesta perspetiva, a UNITA parece aquele grupo de paparazzi que vão atrás dos famos ou dos factos a eles inerentes. Está a fazer oposição à sombra das circunstâncias. Não sabemos se é pelo ódio do seu eterno adversário ou mesmo pela vontade de tentar pensar que tudo é unicamente assunto de governo.
    Muitos dos que são agentes hoje (alguns até a dirigir comandos provinciais, municipais, comunais…)foram treinados e bons agentes das EX-FALA, mas não introduziram muitas novidades na corporação.
    Reitero, a sociedade angolana precisa da moralização (convidados estão os partidos políticos se se acham indiferentes), mas não da politização

    • Arnaldo Valentim

      08/06/2020 em 5:49 pm

      Errata..
      Onde está escrito “Cidadã” leia-se cidadão.
      Onde está escrito “esses” leia-se desses.
      Onde está escrito “famos” leia-se famosos.

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