Politica
UNITA aponta retrocesso no país após morte de Jonas Savimbi
Vinte e dois anos após a morte do líder fundador do maior partido na oposição do país, através de um comunicado, a UNITA alega ter havido “um retroceder das conquistas alcançadas e os objectivos preconizados por Jonas Savimbi e por todos os patriotas”.
“Para Jonas Savimbi, a pátria angolana esteve sempre em primeiro lugar e sem ela nada mais fazia sentido, tendo morrido por ela, no campo de honra, no dia 22 de Fevereiro de 2002”, refere a nota a qual o Correio da Kianda teve acesso.
Para a UNITA, passados mais de vinte anos, “constata-se com imensa preocupação o retroceder das conquistas alcançadas e os objectivos preconizados por Jonas Savimbi e por todos os patriotas, nomeadamente a paz, a liberdade, a democracia e o desenvolvimento, sendo por isso imperiosa a unidade de todos os patriotas para a alternância do poder”.
O comunicado lembra, igualmente, dos feitos de Savimbi, citando que “a luta pela Democracia que ele liderou, de 1976 a 1991, teve por epílogo a Consagração Constitucional do Estado Democrático de Direito e a Economia do Mercado, em 1992, com os Acordos de Bicesse, assinados em Lisboa, aos 31 de Maio de 1991, pelo antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e Jonas Malheiro Savimbi”.
O 22 de Fevereiro, consagrado pela UNITA como Dia do Patriota, “constitui um momento de reflexão, inspiração e motivação para todos quantos hoje e, para os tempos vindouros, engajam-se de consciência no esforço de construção de um país que há mais de quatro décadas de independência, não conhece os caminhos do progresso, da prosperidade e da felicidade”, refere a direcção do partido.
Para este mês, o galo negro tem na agenda várias actividades, incluindo o lançamento de dois livros: “Jonas Savimbi – O Homem e a Obra”, de autoria do dirigente da UNITA, Anastácio Rúben Sicato, e “Savimbi – Um homem no seu martírio”, do jornalista Xavier de Figueiredo.