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UNITA antevê “crise grave” no MPLA com anúncio de Congresso em Dezembro 

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Para o partido de Adalberto Costa Júnior, o anúncio de divisão da província de Luanda é apenas uma obra de diversão para distrair as pessoas sobre a alegada crise interna no seio extraordinário dos ‘camaradas’, bem como o debate sobre a institucionalização das autarquias.

A UNITA, maior organização política na oposição em Angola, identifica uma crise grave no MPLA, com consequência para o país se for mal gerido, e não tem dúvidas de que João Lourenço deverá ser substituído da presidência do partido no Congresso Extraordinário aprazado para Dezembro deste ano.

E apela mesmo ao povo para que fique atento à alegada crise, e entre os fundamentos para a consequente observação, aponta as crescentes “críticas abertas” contra o presidente dos ‘camaradas’, feitas pelos próprios militantes, e o emergir inédito de ‘candidaturas’ à liderança do partido quando ainda faltam dois anos para o Congresso Ordinário, bem como a falta de palavra o porta-voz do Bureau Político do MPLA, Esteves Hilário, que em Maio deste ano rejeitou as notícias que davam conta de que o seu partido realizaria um Congresso Extraordinário, mas que neste mês (Junho), foi o próprio quem anunciou a realização do congresso para Junho.

Para o partido de Adalberto Costa Júnior, o recente anúncio de divisão da província de Luanda serve apenas como uma obra de diversão para distrair as pessoas sobre a alegada crise interno no seio dos ‘camaradas’, bem como o debate sobre a institucionalização das autarquias.

“A questão do Congresso Extraordinário convocado para Dezembro é uma questão política muito importante, que denota a existência de uma crise de liderança no seio do MPLA, com potencial para afectar a estabilidade política e social do País. Os angolanos não se devem deixar distrair”, apelou o Liberty Chiyaka, presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, em conferência de imprensa, durante a qual referiu ainda que o anúncio de mais uma alteração na divisão político-administrativa do País “não é uma questão importante no momento que deva preocupar as pessoas”, porque, no seu entender, “não tem impacto nenhum na evolução da política nacional nem na gestão da crise económica e social que o país vive”.

“O que é importante e deve merecer a nossa atenção colectiva é a crise de liderança que o Partido-Estado atravessa e a grave crise económica e social que o País vive”, reafirmou.

Na perspectiva da UNITA, se calhar face ao canal de captação de informação que detém, João Lourenço deverá ser substituído da liderança do MPLA, no congresso tão aguardado, facto que levará o partido pela “segunda vez desde a Independência, a ter um presidente substituído a meio do mandato”, ao que a UNITA questiona se deverá ocorrer por “vontade própria [de João Lourenço]” ou se terá sido “forçado pelos seus pares”.

“Como será a coabitação? Que agenda vai o Presidente da República executar? Vai adjudicar alguns contratos aos outros membros do Regime ou vai continuar a beneficiar apenas os seus apoiantes e bajuladores?”, questiona outra vez a UNITA numa declaração lida por Liberty Chiyaka, o presidente do seu Grupo Parlamentar.

Entretanto, a ser verdade uma crise dessa magnitude ao nível do MPLA como refere a UNITA, os mercados ficam tensos, o que leva, em situações destas, os empresários a transferir o máximo de recurso para os seus países de origem ou países terceiro, bem como pode frear a tendência de mais investimentos estrangeiros…

“Anúncio da divisão político-administrativa surge para evitar debate autárquico”, diz UNITA

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