Politica
UNITA acusa Governo de utilizar programa Kwenda para compra de votos
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusou o Banco Mundial de financiar indirectamente a campanha eleitoral do partido MPLA, por meio do programa Kwenda. Costa Júnior disse ainda que a referida instituição bancária cedeu verbas para comprar votos nas zonas rurais.
Em entrevista ao Observador, após ter participado na conferência “A democracia em África”, organizada pela Internacional Democrata, o líder do maior partido da oposição referiu que os cidadãos que vivem nas zonas rurais, só receberam dinheiro do programa Kwenda aqueles que tiveram de assinar um cartão de militante e que há provas claras que o dinheiro dado pelo Banco Mundial teve destinos a compra de votos.
“Quando estas instituições entregam dinheiro a um país que depois as transfere para o uso de âmbito partidário, tem representantes que não fiscalizam em profundidade e o uso destes fundos foram excessivamente públicos e quem os recebeu, muito em particular no ambiente rural, foi obrigado a subscrever cartão partidário. Foi voto endereçado, portanto, estas questões devem merecer de facto mudança de procedimento e compete-nos chamada de atenção, não no âmbito de busca de protagonismo, mas no âmbito de efectivamente intervir para uma moralização dos procedimentos, porque, neste caso concreto, é um programa dedicado a tirar do espaço da extrema pobreza famílias angolanas”, referiu, ACJ.
Questionado se realmente há provas que o dinheiro do Banco Mundial foi utilizado na campanha, Adalberto Costa Júnior foi categórico em afirmar: “há números claros das famílias que foram direccionadas esses fundos e há provas claras que elas foram partidarizadas, portanto, há mil vozes que podem vir dar voz que para receber tiveram de assinar. Portanto são questões que em Angola ninguém desconhece que elas foram desta forma”, disse.
Na referenciada entrevista, o também deputado falou do montante gasto pelo partido no poder nas eleições de 24 de Agosto de 2022 e chegou mesmo a afirmar ser um luxo o que o MPLA fez tendo em conta a miséria que o povo angolano vive.
“Quando um país que tem fome, que tem desemprego, que pede dinheiro a toda hora fora, mas que se dá o luxo de gastar na campanha de um partido verbas bilionárias como estás um bilião e oitocentos milhões de dólares), então é uma chamada de atenção da necessidade da moralização dos relacionamentos entre países e esse tipo de procedimento de âmbito absolutamente criminosos”, frisou.
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