Sociedade
União Europeia realiza conferência sobre Ambiente e Direitos Humanos em Angola
Por ocasião da Semana da Diplomacia Verde, a União Europeia em Angola irá realizar uma Conferência sobre Ambiente e Direitos Humanos, esta terça-feira, 21, pelas 9h, na Universidade Católica de Angola (UCAN), em parceria com o Mosaiko l Instituto para a Cidadania, para sensibilizar a opinião pública sobre o impacto das questões ambientais nas desigualdades sociais e vice-versa.
O encontro, com ênfase no tema do desflorestamento e outras áreas ambientais, aponta a vulnerabilidade sob a perspectiva da violação de Direitos Humanos provocada pelas questões ambientais.
Na última década, Angola registou uma taxa anual de perda florestal de 925 hectares/dia, sendo considerado o 4º país com maior perda anual líquida de floresta. O desflorestamento, a poluição, a caça ilegal, entre outros, têm consequências directas na segurança alimentar, no poder de compra, no acesso à água, nas condições de habitação e na saúde das comunidades, contribuindo para o ciclo de perpetuação da pobreza.
Estes dados foram evidenciados no estudo sobre Direitos Ambientais e Direitos Humanos, realizado este ano pelo Mosaiko nos municípios do Moxico, Bundas e Menongue com o cofinanciamento do Camões -Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e da União Europeia.
A União Europeia continua a liderar os esforços internacionais e, em conjunto com os seus parceiros, promove a implementação de políticas ambiciosas em matéria de clima, ambiente e energia em todo o mundo.
A União Europeia, na sua Estratégia Global com África, propõe aumentar as capacidades de inovação, especialmente das mulheres e dos jovens e, maximizar os benefícios da transição verde.
Em Angola, a acção ambiental da União Europeia passa pelo apoio e financiamento a projectos, nomeadamente da sociedade civil, para apresentar iniciativas para contribuírem para uma boa gestão dos recursos naturais, melhoria das condições socioeconómicas dos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, pessoas com deficiência e minorias étnicas) e aumentar as acções em rede com actores públicos e privados para incorporar na economia angolana modelos de produção mais eficientes a favor do ambiente.