Politica
União Africana defende abertura de corredores humanitários para regresso de cidadãos da Palestina
O Presidente da União Africana, João Lourenço, exortou, hoje, no Cairo, Egipto, as autoridades de Israel que permitam a abertura de corredores humanitários para o regresso dos mais de dois milhões de cidadãos palestinianos internamente deslocados e refugiados nos países vizinhos.
João Lourenço, considera de extremamente oportuna, quanto necessária, a sua realização, visando contribuir para o reforço de uma posição comum relativamente à causa do povo palestiniano e, em particular, sobre os actuais desafios de reconstrução e regresso das populações, após mais de 15 meses de guerra, que viu destruir a quase totalidade das infra-estruturas em Gaza e originado quase 2.5 milhões de palestinianos deslocados e refugiados.
Este conflito será, sem sombras de dúvidas, na actualidade aquele que maior atenção tem suscitado nas relações internacionais e, em particular, pelas Nações Unidas.
A entidade máxima da organização continental, saudou através da União Africana, a implementação do acordo faseado de cessar-fogo recentemente alcançado entre Israel e o Hamas sobre a Faixa de Gaza, resultante do diálogo e da persistência da diplomacia dos países envolvidos, em particular da República Árabe do Egipto e do Reino do Qatar, em estreita colaboração com os Estados Unidos da América.
João Lourenço, congratulou-se também com o processo de libertação dos reféns israelitas em curso, augurando que este continue até à libertação incondicional da totalidade dos cidadãos palestinos mantidos em cativeiro e que esta acção reflicta o início da construção definitiva da paz através da instauração de um cessar-fogo permanente, facilitando o incremento da ajuda humanitária aos habitantes de Gaza, bem como o início da reconstrução dos seus territórios.
Neste contexto, João Lourenço, exortou as autoridades de Israel que permitam a abertura de corredores humanitários, bem como o regresso dos mais de dois milhões de cidadãos palestinianos internamente deslocados e refugiados nos países vizinhos.
O Presidente da União Africana disse que “repudiamos quaisquer tentativas de deslocalização do povo palestino dos seus territórios, da contínua política de expansão dos colonatos, da ocupação e anexação ilegal de território pertencente à Palestina. Defendemos igualmente a tolerância e coexistência entre religiões, evitando-se o fanatismo e radicalismo que pode conduzir ao exacerbar do ódio e da violência entre os povos.