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UNESCO: cientista moçambicana ganha prémio com tratamento para covid-19
A bióloga e investigadora moçambicana, do Instituto Nacional de Saúde daquele país, Raquel Matavele, foi distinguida com o prémio Early Career Fellowship, iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Raquel Matavele ficou entre as 15 investigadoras do continente africano e da região da Ásia-Pacífico vencedoras do prémio, de 50 mil dólares, ao qual concorreu com um projecto relacionado com potenciais tratamentos para covid-19 em populações residentes nas zonas tropicais de África, através de plantas nativas para controlar a resposta inflamatória exacerbada que ocorre em casos graves, refere a nota do Instituto Nacional de Saúde (INS).
“Ao prémio em alusão candidataram-se investigadoras de cerca de 60 países de todos os continentes”, acrescenta o INS.
O Presidente de Moçambique já deu os parabéns à cientista. Numa nota divulgada através do Facebook, Filipe Nyusi indicou “Parabéns, Raquel Matavele Chissumba, e a todos os investigadores moçambicanos que incansavelmente trabalham para trazer respostas aos problemas que nos afligem!”
Raquel Matavele é licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Eduardo Mondlane, mestre em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz, no Brasil, e doutorada em Ciências Biomédicas pela Universidade de Antuérpia, na Bélgica.
A investigadora moçambicana é coordenadora do Programa de Doenças Endémicas de Grande Impacto Sanitário no INS.
Moçambique regista um total acumulado de 9.296 casos de covid-19 com 66 mortos e 6.104 recuperados (65% do total), segundo as últimas actualizações.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e quarenta e cinco mil mortos e mais de 35,5 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Por Lusa