Eleicoes 2017
UE mantém disponibilidade para enviar observadores para eleições
Tomas Ulicny, que falava à imprensa à margem da assinatura do Acordo de Financiamento do Projecto de Revitalização do Ensino Técnico e Formação Profissional, rejeitou comentar o assunto naquela ocasião.
“Esse é um outro assunto, não é para trocar impressões neste momento, porque acabamos de assinar um acordo, não temos resposta”, disse o embaixador da União Europeia em Angola, sublinhando apelas que continuam as conversações com as autoridades angolanas.
“Neste momento estamos prontos, estamos a discutir com as autoridades angolanas”, sintetizou.
Recentemente, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, disse que o Governo angolano não aceitará acordos específico com as organizações convidadas a observar as eleições gerais.
O chefe da diplomacia angolana comentava a solicitação da União Europeia para a assinatura de um Memorando de Entendimento prévio para observar as eleições angolanas, pretensão que foi recusada.
“O convite é aberto. Mas não queremos quaisquer acordos específicos com cada uma destas organizações. Quem quiser vir, vem e quem não quiser, pode não vir, mas o certo é que o convite é aberto”, disse Georges Chikoti.
A União Europeia foi uma das entidades convidadas pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), indicadas pelo Presidente da República, para observar as eleições gerais angolanas, entre outras, a União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ou Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Segundo o ministro, o memorando proposto pela União Europeia previa a circulação e visita dos observadores em todo o território nacional, exigindo ainda segurança, elemento com que, disse Georges Chikoti, o Governo angolano se comprometeu.
“Mas isso não leva que tenhamos de assinar um memorando de entendimento com qualquer dos observadores”, afirmou o ministro, afirmando que as únicas instituições com as quais Angola tem tratados específicos sobre a observação eleitoral são a União Africana e a SADC.
“Fora destas, não temos obrigações com outras. É assim que o continente funciona em matéria de eleições. E não esperamos que alguém nos vá impor a sua maneira de olhar as eleições e nos dar alguma lição, como também não pretendemos dar lições em termos de eleições”, disse.
Lusa / Correio da Kianda