Sociedade
Turismo: “Raízes reconectadas” eleva Massangano como destino cultural afrodescendente
Arrancou nesta quarta-feira, a campanha “Raízes Reconectadas – Unindo a Herança Angolana nas Américas”, uma iniciativa que projecta Massangano, na província do Cuanza Norte, como destino de turismo cultural e espaço de memória afrodescendente, numa iniciativa dos ministérios do Turismo e da Cultura, em parceria com o PNUD Angola e a Câmara Americana de Comércio em Angola.
As intervenções destacaram Massangano como símbolo de um legado histórico, que hoje ganha novo protagonismo enquanto motor de desenvolvimento comunitário e plataforma de ligação com a diáspora afrodescendente.
A iniciativa parte de uma visão integrada de transformar Massangano e o Corredor do Kwanza em referências de património cultural afrodescendente, apoiando ao mesmo tempo iniciativas que criam valor económico e social para as comunidades locais, tais como apoio a pequenas e médias empresas de turismo, a promoção de projectos de eco e agroturismo e a capacitação de mulheres e jovens para integrarem a cadeia de valor do sector.
Prevê-se igualmente a criação de um memorial ao ar livre, exposições históricas e espaços culturais que preservem e comuniquem a herança de Massangano às novas gerações e à diáspora, bem como a candidatura do Corredor do Kwanza a Património Mundial da UNESCO, reforçando a dimensão internacional do projecto.
A campanha “Raízes Reconectadas” propõe uma abordagem inovadora de financiamento colectivo, permitindo que a diáspora e parceiros interessados apoiem directamente a implementação destas acções.
Concebida de forma colaborativa pelos Ministérios do Turismo e da Cultura, pelo PNUD Angola e pela AmCham, em articulação com o Governo Provincial do Cuanza Norte e outros parceiros, a iniciativa coloca a herança afrodescendente no centro de uma estratégia de futuro que une identidade, desenvolvimento sustentável e cooperação internacional.
A cerimónia de lançamento contou com as presenças dos ministros Márcio Daniel, do Turismo e Filipe Zau, da Cultura, bem como da representante residente do PNUD em Angola, Denise António, e dos Governadores de Luanda e do Cuanza Norte e de diversos parceiros internacionais, entre corpo diplomático e representantes da sociedade civil.