Sociedade
Três funcionários do Banco BIC sob investigação
Ainda sobre o caso de falsificação de documentos em nome da Primeira-dama da República, Amaro Neto declarou que, apurados os factos, no dia 5 de Junho procederam à detenção de três funcionários do banco BIC suspeitos, um subgerente, um tesoureiro e um operador de caixa, em virtude de terem auxiliado os visados no processo de levantamento dos valores da conta utilizada para o cometimento dos aludidos crimes.
Os três foram encaminhados ao representante do Ministério Público junto do SIC que, em função dos resultados das investigações, optou por mantê-los em liberdade sob termo de identidade e residência. “Os funcionários bancários foram detidos em virtude de terem auxiliado os visados no processo para o levantamento de valores da conta utilizada no cometimento dos supracitados crimes e, em alguns casos, em troca de ofertas monetárias”, referiu.
Com esse esquema fraudulento, segundo Amaro Neto, os presumíveis infractores pretendiam amealhar 40 milhões de kwanzas dos cofres das várias instituições a que solicitaram apoio financeiro. No entanto, apenas haviam angariado 14 milhões e 311 mil kwanzas, dos quais, no mesmo dia, 1 de Junho, levantaram acima de 13 milhões, em diferentes agências do banco BIC. Deste montante, no momento em que foram detidos, já haviam sido gasto seis milhões de Kwanzas.
“Estes indivíduos já têm passagem pela Polícia pela mesma prática. Saíram aquando da amnistia, do ano passado, e agora voltaram a cometer a mesma tipicidade”, frisou Amaro Neto. Os suspeitos endereçaram também à Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior um pedido de apoio. Dentre os vários documentos que suportam tal solicitação, está uma factura de uma empresa devidamente identificada com conta bancária domiciliada no banco BAI, tentativa que não foi concretizada.