Sociedade
Trabalhadores grevistas em julgamento sumário nesta sexta-feira
Os representantes da comissão sindical do Ministério das Pescas, que se encontravam em greve, há cerca de um mês, estão desde as 09 horas desta manhã na sala dos crimes do Tribunal do Benfica para serem julgados de forma sumária.
A informação foi passada à imprensa pelo porta voz do grupo, Bráulio Firmino, depois de terem sido soltos da cadeia onde ficaram por 48 horas, nesta quinta-feira.
Os funcionários, que pertencem à comissão sindical do Ministério das Pescas haviam sido suspensos mediante um processo disciplinar e depois detidos por terem violado uma orientação que os proibia de entrar nas instalações do Ministério.
O líder sindical disse que na sequência, e enquanto reivindicavam, em greve, o Ministério proibiu a entrada às instalações do Ministério de todos os trabalhadores grevistas e nisso, o primeiro secretário acabou detido pela Polícia Nacional.
“Eu fui detido nem estava no Ministerio das Pescas. Eu fui, na verdade, ao comando municipal de Talatona, saber o porquê da detenção do primeiro secretário da comissão sindical do Ministério das Pescas e dos Recursos Marinhos, que é o Dr. Henrique Salocombo…”, detalhou.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, Gerson Gonçalves, garantiu que o processo de suspensão dos dois funcionários membros da comissão sindical termina na próxima segunda feira, data que os funcionários poderão voltar a desempenhar livremente as suas funções.
“Apraz-nos informar que os colegas estão neste momento em um processo disciplinar, e em função deste processo foi instaurado a suspensão temporária no local de serviço por um período de 30 dias que por sinal terminará já na próxima sexta-feira. Significa que a partir de segunda-feira os colegas podiam livremente continuar as suas funções. Por conta de várias ocorrências e por várias vezes os colegas insistirem em se em fazer presentes nas instalações do ministério apesar de muitas vezes, de forma pacífica serem aconselhados a se retirar do local de serviço, para o cumprimento do prazo estabelecido na lei, houve a necessidade de a direcção do Ministério contactar a Polícia para auxílio neste processo”, detalhou na explicação.
Por sua vez, o advogado Silvino Sayangana, que acompanha o processo pela ordem dos Advogados de Angola, disse que as razões da proibição e detenção, deveu -se por conta da violação de um processo disciplinar que proibia os dois de aceder às instalações do Ministério.