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Trabalhadores angolanos frustram manifestação convocada por via das redes sociais

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Os cidadãos angolanos saíram em massa para os locais de trabalho, nesta sexta-feira, frustrando os intentos dos promotores da manifestação convocada por via das redes sociais.

Por todo o país, os serviços da administração do Estado e as instituições privadas funcionam sem constrangimentos, desde as primeiras horas do dia.

Pelas principais ruas e avenidas, o movimento rodoviário e de pedestre é feito normalmente, com os serviços de transportes colectivos e privados a funcionar em pleno.

A capital angolana, a mais agitada do país, apresenta-se igual ao habitual, com congestionamentos rodoviários, enchentes em paragens de táxis e transportes públicos.

Até ao começo da tarde, milhares de pessoas saíram em direcção às escolas e outros locais de interesse da capital angolana, onde o comércio não regista anomalias.

Apesar dos apelos para se manterem em casa, em protesto contra as medidas do Governo angolano, feitos por figuras públicas,  trabalhadores, estudantes, comerciantes, taxistas e profissionais de outros sectores dirigiram-se sem receio aos locais de trabalho.

Os serviços bancários, hospitalares, cartórios, as conservatórias, escolas públicas e privadas, os taxistas, entre outros continuam abertos e com funcionários a prestar serviço habitual.

Este cenário é igual em todo o país.

Falando a propósito da manifestação, alguns trabalhadores mostraram-se indiferentes ao apelo lançado nas redes sociais, afirmando que o absentismo não é a melhor via para melhorar  a situação social e económica do país.

A funcionária bancária Fátima Madeira, que chegou ao serviço antes das sete e meia, afirma não haver razões para ficar em casa.

Opinião idêntica tem Gizela Passos, também bancária, que considera o movimento de Luanda, particularmente no Kilamba, sua zona de residência, igual aos outros dias.

A bancária dá conta que também não teve razões para ficar em casa, afirmando que tal só podia acontecer por força maior (questões de saúde ou outro acontecimento familiar).

A manifestação foi convocada por um grupo de figuras públicas, entre eles músicos, para protestar contra o aumento do desemprego e do custo de vida em Angola.

Trata-se de problemas que derivaram da crise económica e financeira, iniciada no país em 2014, devido à queda do preço do petróleo.

Para contrapor esse cenário difícil, o novo Governo, liderado pelo Presidente João Lourenço, tem implementado medidas económicas que visam, entre outras, a diversificação da economia.

No quadro da sua agenda, o Chefe de Estado tem promovido políticas para aumentar a base tributária, combater a corrupção, melhorar o ambiente de negócios e fomentar o emprego.

O Executivo tem promovido medidas para acabar com os monopólios e oligopólios, redefinindo a actividade de empresas com fraco desempenho, por via das privatizações.

 

C/ ANGOP

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