Mundo
Terramoto: mais de 33 mil pessoas morreram na Turquia e Síria
O número de mortos no terramoto que atingiu a Turquia e a Síria na última segunda-feira, 6, já ultrapassa os 33 mil. Uma semana após a tragédia, bombeiros ainda buscam sobreviventes. A Turquia contabiliza 29.605 vítimas e a Síria, 3.574, segundo dados oficiais divulgados este domingo. Com isso, o número total de mortos chegou a 33.179.
Entretanto, ainda continuam a ser encontradas pessoas com vida nas intensas buscas que as equipas de salvamento efectuam nos dois países afectados.
Um bebê de 7 meses foi resgatado após mais de 140 horas nos escombros e um adolescente de 13 anos foram resgatados ainda vivos este domingo, seis dias após o terramoto. Outras operações comoventes aconteceram em várias cidades da região. O bebê foi encontrado vivo, enrolado debaixo de uma estrutura de betão onde tinha passado mais de 140 horas, bem mais que o período de 72 horas considerado crucial para a sobrevivência humana sem hidratação. O resgate ocorreu na província de Hatay. Uma menina de 2 anos de idade, Asya, foi resgatada na mesma área com vida.
Apesar do intenso frio que se regista na região, os bombeiros também retiraram uma mulher de 70 anos viva dos escombros na cidade turca de Kahramanmaras, em meio aos aplausos e gritos de emoção dos socorristas, como mostrou um vídeo transmitido pelo canal da TV pública Haber. “O mundo está aqui?”, perguntou a mulher ao retornar à luz do dia. Em Antáquia, o resgate de um homem que passou 152 soterrado também emocionou os socorristas.
Por outro lado, o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, disse no sábado, 11, que o número de mortos no terramoto pode “dobrar ou mais” em relação aos óbitos já registados. A declaração foi feita quando o número de mortos estava em 28 mil, hoje, já são mais de 33 mil.
“É realmente difícil estimar de forma muito precisa, porque você tem que chegar debaixo dos escombros, mas tenho certeza de que vai dobrar, ou mais”, afirmou Griffiths à rede Sky News.
“Já lidamos com muitos conflitos no mundo todo, mas perder 20, 30, ou 40 mil pessoas em uma noite, não vemos isso nem nesses conflitos”, disse Griffiths. “É assustador”, acrescentou.
Com agências internacionais