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Teatro: actrizes prometem “rebentar” na peça ‘Hotel Komarca – Ala Feminina’

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Trata-se das actrizes Lesliana Pereira, Efigênia Muquele, Zoé Silva, Indira Contreiras, Evanilde Ferreira e Timira dos Santos que que comprometeram, em Conferência de Imprensa, “rebentar” com o Centro de Conferências de Belas, em Luanda, no dia 03 de Novembro, quando estrearem a peça ‘Hotel Komarca – Ala Feminina’.

A peça é uma criação de Flávio Ferrão e resulta de entrevistas directas feitas pela actriz e apresentadora Sophia Buco, com mulheres detentas que se encontram na Comarca de Viana.

Timira dos Santos disse, na ocasião, ter recebido com surpresa o convite para figurar do leque de actrizes para a peça teatral, visto que nunca antes tinha feito teatro, apesar da experiência que traz da representação em telenovelas.

Evanilde Pereira começou por agradecer a oportunidade de fazer parte do elenco, “porque desde sempre” sonhou trabalhar com o encenador Flávio Ferrão.

“Na verdade, quando eu recebi o convite não sabia quem seriam as outras actrizes, mas eu não pensei duas vezes e disse ao Flávio, mesmo que não tiver ‘cachê’ eu vou…”, afirmou.

Justificou que essa sua entrega deve-se ao facto de saber que existem projectos que catapultam a carreira profissional de um artista.

“E, eu acredito que com o Hotel Komarca e a grandeza do meu personagem dentro da peça, as pessoas vão se impactar, vão ver uma outra Evanilde fora dos personagens que estão habituados a ver fora do teatro, porque tenho estado a fazer um laboratório muito aprofundado”, falou.

A actriz acrescentou ainda que a qualidade das actrizes no elenco vai trazer grandeza na peça.

Evanilde Pereira reconheceu, por outro lado, a responsabilidade que é produzir e apresentar a peça, a julgar pelo facto de o público angolano já ter em sua memória a peça teatral Hotel Komarca, da companhia Henrique Artes.

Por sua vez, Lesliana Pereira, que já trabalhou com a Buco Produções em outros projectos, disse ter ficado “muito feliz” quando recebeu o convite, visto que há já algum tempo que com a directora Sophia, tentavam encontrar o momento ideal para apresentar uma peça que fizesse sentido para a produtora e para si também.

Apesar de ser uma actriz com vasta experiência na representação, Lesliana Pereira disse que queria desafiar-se mais “num projecto como este”, que vai dar rosto feminino numa peça como esta.

Já Efigênia Muquele, outra integrante do elenco de actrizes, também corrobora da ideia de Evanilde Ferreira, sobre a responsabilidade que é representar a peça, porque têm a missão de marcar a diferença em relação ao que o público já conhece.

Sobre a sua integração no projecto disse que gosta porque também a desafia enquanto actriz das artes cénicas.

“Já agora agradecer a Sophia Buco por me desafiar neste personagem, que é complexo e com muita profundidade com que vivencia assuntos actuais e que toda sociedade está a viver”, afirmou.

Quem também faz parte do elenco é a actriz Zoé Silva. Para ela foi de bom agrado que recebeu a proposta, visto que desde que soube da sua preparação, já tencionava integrar o grupo.

A também apresentadora de TV e locutora de rádio mostrou-se feliz com o facto de ter sido ‘repescada’, uma vez que antes já o elenco estava fechado.

Indira Contreiras considerou o convite como ter sido “agridoce”, da parte de Flávio Ferrão, porque tal como Zoé Silva, conhece bem a peça ‘Hotel Komarca’, do Henrique Artes, onde fazem parte há mais de uma década.

“Conheço muito bem a energia da ala masculina, e para mim é desafiante fazer este personagem, porque fará parte do meu Curriculum enquanto atriz profissional”, sublinhou.

Referiu ainda que só sabe fazer teatro, visto que está na arte desde os seus 15 anos, e mostrou-se consciente de comparações que as pessoas poderão vir a fazer, o que representa para si uma redobrada responsabilidade.

O Director artístico da obra, Benjamim Ferrão, que integra o projecto a convite do seu primo Flávio Ferrão, disse ser “prazeroso” para si, fazer parte da direção da obra, visto que é também actor [do Henrique Artes] onde interpreta um personagem na peça ‘Hotel Komarca.

“Eu conheço a energia da ala masculina. E uma coisa é ser actor e outra é director artístico, estar a dirigir as actrizes”.

Questionadas sobre a possível comparação entre a Peça Hotel Komarca do Henrique Artes e Hotel Komarca – Ala feminina da Buco Produções, Benjamim respondeu dizendo que diferente da peça ‘Hotel Komarca’ que é uma criação, a está produção “é uma interpretação de vida real de pessoas que existem e que estão lá na Comarca de Viana”.

Questionadas sobre o contacto com as detentas, de cujas histórias vão representar, as atrizes foram unânimes em afirmar que pretendem, dentro de um mês, visitar a Comarca de Viana.

Sobre a obra teatral “Hotel Komarka – Ala Feminina“

Trata-se de uma obra colaborativa baseada em factos reais, feitas com base em entrevistas a várias mulheres presas no estabelecimento prisional da Comarca de Viana, cumprindo a pena de diversos crimes, tal como fez saber Sophia Buco, a mentora da peça, que segundo fez saber, idealizou o projecto há dez anos. Já as entrevistas fez há um ano, as detentas da ala feminina da Comarca de Viana, depois de um longo período de espera de autorização por parte do Ministério do Interior.

A peça foi escrita e encenada por Flávio Ferrão, com a direcção de Benjamim Ferrão.

Numa parceria estratégica com o Grupo Correio da Kianda, a peça representa um contributo no despertar da sociedade e das mulheres em particular, sobre o crime, bem como a promoção de valores como a solidariedade, patriotismo, cidadania e ao empoderamento feminino por meio das artes.

Sobre a Bucos Produções

É uma produtora de eventos culturais, que opera no mercado nacional há oito anos, agregando parceiros com objectivo de contribuir para o engrandecimento da cultura nacional, através da elevaçao do patriotismo, cidadania, solidariedade e ao empoderamento por intermédio das artes.