Sociedade
TCUL sem salários há mais de quatro meses
Os trabalhadores de Empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL) manifestaram-se agastados pela falta de salários, subsídios de alimentação e turno e pela inexistência de posto médico há mais de quatro meses.
Manuel Miguel Agostinho, pedreiro de profissão na TCUL, disse à Angop estarem a viver momentos difíceis com as famílias devido à falta de salários há mais de quatro meses.
A falta de salários, sublinhou, contribui para que as famílias sofram, os filhos fiquem fora do sistema de ensino e haja degradação das condições sociais do trabalhador. “Desde o início da nova gestão, mais de dez funcionários pereceram por problemas de saúde e as péssimas condições de trabalho”, lamentou o funcioário.
Por sua vez, o coordenador da comissão sindical da TCUL, Octávio Francisco, disse que existe diálogo permanente com a direcção da empresa para a resolução dos problemas dos trabalhadores.
” A nossa preocupação é principalmente a resolução definitiva dos problemas sociais dos trabalhadores, atrasos salariais e outros elementos constantes no caderno reivindicativo que ao longo dos anos têm sido remetidos aos órgãos de tutela”, argumentou.
Segundo Octávio Francisco, a expectativa é que o reforço dos transportes inter-provincial possa gerar mais rendimentos para a empresa, mas os trabalhadores sempre defenderam a reestruturação da TCUL e sem isto dificilmente se atingirão os objectivos.
A TCUL carrega um grande fardo em termos de dívidas, por isso o Governo deve injectar mais verbas para a resolução dos problemas da empresa para que esta possa liquidar as dividas que têm com os trabalhadores.
O Presidente do Conselho de Administração da TCUL, Abel Cosme, reconhece que a empresa está em falta quanto ao pagamento dos salários dos trabalhadores. Mas segundo o PCA já existe a ordem de saque para proceder ao pagamento dos ordenados referentes ao último trimestre de 2017.
” São três meses e estamos a trabalhar para que o Ministério das Finanças desbloqueie os valores para o pagamento dos salários do último trimestre de 2017 e do primeiro trimestre de 2018″, disse.
Quanto aos subsídios de alimentação e de turno, o responsável justificou que não são pagos devido à crise e no âmbito da contenção de gastos.
O PCA anunciou para breve a entrada em circulação do transporte expresso, Kilamba/Porto de Luanda e Sequele/ Porto de Luanda com tarifas negociáveis com a população interessada e disponível a pagar em sistema de contrato.