África
Surgimento de novos blocos geopolíticos acelera interesses das potências em África, diz especialista
O jurista e analista angolano, Joaquim Jaime, disse à Rádio Correio da Kianda, que o bloco ou país que conseguir engajar o apoio de África terá a sua agenda materializada. Por este motivo, se constata um aproximar de muitas potências e blocos internacionais em relação ao continente africano.
Joaquim Jaime lembra que o nosso continente, com 55 países, do ponto de vista de representatividade, “é um bloco que pode influenciar e desequilibrar”, e citou como exemplos a China, que voltou às Nações Unidas, com apoio dos países africanos e que foram os africanos que colocaram a China na Organização Mundial do Comércio.
O especialista apelou os países do continente berço da humanidade a aproveitarem este bom momento que atravessa.
Joaquim advertiu que África deve despir-se do seu papel histórico do fornecimento de matéria-prima para a prosperidade dos outros. Para isso, precisa saber negociar para trazer tecnologia, capital, processo de transformação e investir em cadeias de valores.
O também jurista disse que África deve também alinhar a sua política externa, em conformidade com o que foi aprovado na agenda África 2063.
Já, a jornalista da televisão pública alemã, Olga Chládková, disse à Rádio Correio da Kianda que a sua estadia em Luanda permitiu perceber que é um país bonito, que tem muitos recursos e que também tem muitas valências.
Sobre a 7a Cimeira UA-UE, a jornalista daquele país do velho continente, disse esperar que os chefes de Estado europeus ajudem o continente africano, especialmente as pessoas, por entender que este continente enfrenta muita pobreza e é muito importante promover mais a educação e mais investimentos em infra-estruturas e no combate à corrupção.