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STF inicia votação que decidirá liberdade do ex-presidente Lula
O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro iniciou na tarde desta quarta-feira uma sessão chave para o futuro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decidirá se o líder mais popular do país será preso por corrupção ou poderá recorrer em liberdade.
Lula foi condenado em primeira instância a nove anos de prisão, pena aumentada em doze anos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), segundo a jurisprudência em vigor no país, a ratificação da sentença que o considerou culpado permite começar a executar a sentença, o que implica na prisão do presidente.
A defesa de Lula apresentou recurso de habeas corpus sob a justificativa de que ninguém pode ser preso até que todos os recursos sejam julgados.
Se o habeas corpus for aceito, Lula permanecerá livre durante todo o processo de apelação, que deve durar cerca de dois anos, mas se for negado, ele poderá ser preso nos próximos dias.
A votação, que está prevista para durar várias horas, foi aberta pela presidente do STF, Carmen Lúcia Antunes, que passou a palavra para Edson Fachin instrutor da Operação Lava Jato no Supremo.
O ex-presidente nega todas as acusações e alega que ele é vítima de uma “perseguição política” tentando impedir o retorno ao poder, uma meta que fixou para as eleições de outubro próximo, embora as regras do país evitar uma condenado em segunda instância aspira a qualquer cargo eletivo.
A audiência começou sob rígidas medidas de segurança, contra a possibilidade de que tanto os apoiadores quanto os opositores de Lula se manifestem nas ruas de Brasília, que neste dia conta com um reforço de 4.000 policiais.
Para evitar possíveis confrontos, as autoridades decidiram separar os dois lados do Supremo com cercas de metal, além de fechar o tráfego na Esplanada dos Ministérios, Planalto e a própria sede do STF.
(Com Agencia EFE)