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Sputnik V: casal presidencial recebe primeira dose da vacina russa

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O Presidente da República recebeu, hoje, no posto de vacinação do Paz Flor, no Morro Bento, em Luanda, a primeira dose da vacina contra a covid-19. João Lourenço e a Primeira Dama da República, Ana Dias Lourenço, tomaram a Sputnik V, vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia de Moscou e financiada pelo Fundo de Investimento Directo Russo (RDIF).

“Estou feliz, mas estaria ainda mais se tivesse vacina para todo mundo. Não importa, poderosos ou não, todos devem ser vacinados”, disse João Lourenço, que falava à imprensa após ser vacinado, e apelou à população angolana a aderir aos postos de vacinação.

Vacina “não dói”, diz Ana Dias Lourenço

João Lourenço disse ainda que para que as vacinas cheguem a todo mundo, sobretudo aos países com menores recursos financeiros, é necessário que os produtores reduzam os preços das que estão a ser comercializadas actualmente.

O Chefe do Executivo garantiu que o Governo vai continuar a adquirir mais vacinas, “não importando a sua origem”.

Por sua vez, a primeira dama, Ana Dias Lourenço, revelou que, numa primeira fase, sentiu-se receosa para tomar a dose, mas que posteriormente “foi fácil” e garante que se sente bem, e espera “que todas as populações se dirijam aos postos de vacinação contra covid-19”.

Ana Lourenço realçou que a vacina é mais um elemento de prevenção e reforça o apelo à população para se vacinarem por ser mais um do agregado das medidas de prevenção dos quais constam as máscaras, lavagem das mãos com frequência com sabão e desinfecção com álcool gel e o distanciamento social.

Sputnik V ainda carece de aprovação na UE

A Sputnik V ainda não está autorizada na União Europeia, mas já deu um passo nesse sentido apresentando o pedido que deu início à sua análise pelo regulador europeu.

Apresentada no verão de 2020, a Sputnik V foi inicialmente recebida com ceticismo, mas já convenceu cerca de 50 países, sobretudo depois de a sua credibilidade ter sido validada em Fevereiro pela revista científica The Lancet.

O desenvolvimento da vacina foi confiado a instituições estatais e é considerado por Moscovo como um sucesso histórico da Rússia.

A escolha do nome também é altamente simbólica, já que visa fazer uma homenagem ao primeiro satélite colocado em órbita em pela URSS, 1957, lembrando o feito científico, mas também o revés histórico para o rival norte-americano.

Em Março, a Rússia afirmou que os seus cientistas estavam a fazer testes clínicos à Sputnik Light, uma versão da sua vacina contra a covid-19 que será administrada numa só dose, embora tenha uma eficácia um pouco menor.

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