Economia
Sonangol regista redução no volume de negócios de 2024
A empresa Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) registou em 2024, uma redução de cerca de mil milhões de dólares americanos, ao arrecadar 10,5 mil milhões de dólares americanos, em relação ao ano de 2023, quando atingiu a cifra dos 11,4 mil milhões de dólares. Entretanto, apesar disso, a empresa passou a cobrir 31% das necessidades de consumo energético do país.
A petrolífera estatal obteve 3,4 mil milhões de dólares em EBITDA, chamados de lucos antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, outra redução, quando comparados com os resultados do ano anterior, em que os lucros foram de 3,7 mil milhões de dólares, de acordo com os dados apresentados pelo seu PCA, em Conferência de Imprensa.
Entretanto, em termos de comercialização, os registos ditam 5.4 milhões de toneladas métricas, um saldo superior ao ano anterior, em que a SONANGOL vendeu 5,2 milhões de toneladas métricas.
No que a produção de petróleo diz respeito, foram 201 KBbl por dia, quando no anterior os direitos de 200.
Com esses resultados do último exercício económico, de um volume de negócios de cerca de 10,5 mil milhões de dólares americanos, segundo o PCA Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, evidencia a solidez e eficiência operacional daquela empresa pública, cobrindo 31% das necessidades energéticas do país.
“Em termos de direitos adquiridos líquidos, a produção manteve-se robusta, fixando-se em cerca de 201 mil barril de petróleo por dia”, disse.
Quanto à capacidade de abastecimento do mercado nacional, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol referiu que 5,4 milhões de toneladas métricas de produtos refinados é o volume comercializado em 2024, o que permitiu garantir a distribuição de combustíveis, apesar do “paulatino crescimento do consumo doméstico”.
Sebastião Pai Querido Gaspar Martins garantiu que a Sonangol continua a ser a maior investidora nas concessões petrolíferas no país, estando de forma estratégica presente em 35 concessões petrolíferas.
Segundo o PCA da petrolífera estatal, nove dessas concessões são operadas directamente pela Sonangol.
“A nossa produção, realizada directamente por nós, corresponde a 24 mil barris de petróleo por dia, reforçando o papel da empresa na segurança energética e no desenvolvimento do sector”, afirmou Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, tendo acrescentado que o contributo da Sonangol nas 35 concessões permitiu a perfuração de 21 novos poços, dos quais oito de exploração, 13 de desenvolvimento, no ano em referência.
Em termos de capacidade de oferta a Refinaria de Luanda processou diariamente 49.577 barris, “o que permitiu a cobertura de cerca de 31% das necessidades de consumo interno, assegurando o fornecimento de combustíveis essenciais como o gasóleo, o Fuel Oil, a gasolina, o Jet-1, além de outros derivados fundamentais para a economia nacional”.
Os derivados de petróleo refinados internamente em 2024 foram produzidos por Palanca (34%), Hungo (5%), Cabinda (29%) e Nemba (325).
Sebastião Pai Querido Gaspar Martins anunciou, na ocasião, a entrada em funcionamento para o segundo semestre deste ano, a Refinaria de Cabinda, que segundo fez saber, vai adicionar uma capacidade de refinação inicial de 30 mil barrís de petróleo por dia, “contribuindo assim, para a autosuficiência energética, quando entrar em operação ainda no segundo semestre de 2025 para o aumento da oferta interna de refinados”.
O PCA da petrolífera nacional lembrou também, que a Sonangol continua a assumir a construção da Refinaria do Lobito, na província de Benguela, com capacidade de 200 mil barrís de petróleo dia, bem como discussões com investidores da Refinaria do Soyo, na província do Zaire, cuja capacidade é de 100 mil barrís/dia.