Economia
Sonangol já não despede os mais de dois mil funcionários que tem em excedente
O Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, garantiu, nesta terça-feira, em Luanda, que os mais de dois mil trabalhadores que a empresa tem em excedente já não serão despedidos.
Recentemente, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, anunciou, numa audição parlamentar, que a petrolífera nacional tem mais de cinco mil trabalhadores, dos quais mais de dois mil são excedentes, por isso deveriam ser despedidos.
Nesta terça-feira, o PCA da Sonangol, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins afirmou que os mais de dois mil funcionários que a empresa tem em excesso, vão manter-se na petrolífera, e o conselho de Administração encontrou um plano, através do qual vai equilibrar e ajustar o seu pessoal à sua capacidade de Recursos Humanos.
Esse plano, de acordo com o gestor, passa por reduzir de forma gradual, à medida que os funcionários mais antigos vão atingindo a fase da reforma.
Essa decisão, de acordo com Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, está relacionada com a responsabilidade social da petrolífera, a julgar pelas implicações sociais que os despedimentos podem causar às famílias destes mais de dois mil funcionários que a Sonangol tem a mais.
No total, a Sonangol tem, actualmente, 7.724 trabalhadores, sendo 68% homens e os 32% mulheres. Deste número, mais de dois mil estão a mais na empresa.
Sonangol desafiada a criar projectos para manter excedente de dois mil funcionários
Por sua vez, o Ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que falava no encerramento da Conferência de Imprensa que visou apresentar os resultados do último ano, no quadro do seu 49º aniversário, defendeu a necessidade de a empresa abrir novos negócios para melhor aproveitamento dos funcionários que tem em excedente.
De acordo com o governante, é preciso colocar esses funcionários a trabalhar para a empresa.
“Esses mais de dois mil, do ponto de viste da gestão, a solução nós sabemos qual era, mas também foi dito aqui pelo PCA da Sonangol, as implicações sociais. Então a solução é requalificar esse pessoal, dar mais formação, para que possam ser utilizados em outras áreas, se calhar fora do qual estão formados”, afirmou.
De acordo com o ministro, o caminho passa por fazer com que a sonangol tenha mais actividades económicas, para que esse número de trabalhadores tenham ocupação efectiva.
“Se a Sonangol ter mais actividade económica, no âmbito de tudo o que lhe está a ser orientada a fazer, de certeza que teremos ocupação para essas pessoas”, afirmou, sublinhando que vai fiscalizar o plano da sonangol de colocar “essas pessoas a trabalhar, porque não é correcto essas pessoas ganharem um salário sem trabalhar”.
No entender de Diamantino Azevedo, esperar que os trabalhadores sejam reformados não é solução viável, por isso é necessário que se criem mais projectos da empresa para manter as pessoas ocupadas e contribuir para o desenvolvimento do país.