Economia
Sonangol e ENI partilham exploração dos blocos 27 e 28 da bacia do Namibe
A produção de petróleo nos blocos 27 e 28 na bacia do Namibe passa a ser explorada pela Sonangol e pela ENI depois de recentemente as duas petrolíferas terem assinado um contrato de exploração com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, com vista, entre outros objectivos, assegurar o contínuo aumento dos recursos petrolíferos descobertos.
A informação conta de um comunicado de imprensa da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, enviado nesta sexta-feira, 9, ao Correio da Kianda, assinados no passado mês de Junho e que já está em vigor desde o passado dia 1 de Julho.
No bloco 27, a Sonangol Pesquisa & Produção detém 100% do contrato de partilha de produção para a prospecção, pesquisa, avaliação, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos, ao passo que o Bloco 28 passa a ser partilhado pela ENI (com uma quota de 60%), a Sonangol Pesquisa & Produção (com 20%) e a Tiptop Energy Limited (com 20%) com base no contrato celebrado com a concessionária nacional.
Para os dois blocos, refere ainda a nota, a estratégia de participação da Sonangol visa, entre outros objectivos, melhorar o desempenho da companhia para a tornar mais competitiva e rentável; transformá-la numa operadora petrolífera de alcance global; assegurar o contínuo aumento dos recursos petrolíferos descobertos. A promoção da identificação de novas reservas de petróleo e de gás economicamente viáveis, e o alavancar da política energética e de electrificação do país, através da prospecção e pesquisa de gás natural nas concessões petrolíferas, existentes e futuras constam igualmente dos objectivos do contrato.
A ENI é uma petrolífera italiana que opera a licença do bloco 28, localizado em águas profundas na bacia inexplorada do Namibe, numa área de exploração fronteiriça junto à costa, com uma profundidade de água entre 1.000 e 2.500 m.
Em Angola há vários anos a ENI explora petróleo em cinco blocos em território angolano, nomeadamente, o Bloco 15/06 (com dois polos de produção e o desenvolvimento de um terceiro polo no campo Agogo); o Bloco 1/14 no Baixo Congo offshore, os blocos Cabinda Norte e Cabinda Centro (onshore) e o novo bloco 28 no offshore da bacia do Namibe e tem actualmente uma quota de produção de cerca de 120.000 barris de petróleo por dia.
A sua participação no processo de exploração vai permitir consolidar a sua presença estratégica de longo prazo em Angola.