África
Soldados sul-africanos perdem a vida no leste da RDC
Três soldados sul-africanos perderam a vida no leste da República Democrática do Congo (RDC), onde os combates recomeçaram este sábado, enquanto a comunidade internacional exorta o grupo armado M23 a interromper o avanço sobre Goma.
O M23 e o exército ruandês avançaram rapidamente nas últimas semanas em direcção de Goma, a capital da província de Kivu do Norte, com mais de um milhão de habitantes e que está praticamente cercada pelos combates.
Apesar das detonações de artilharia que ecoavam pelo centro da cidade, esta manhã, as lojas locais estavam abertas e a actividade parecia normal.
Entretanto, desde quinta-feira que se registam combates intensos em várias frentes a menos de 10 quilómetros de distância.
Segundo avançaram ontem um sindicato do exército e um partido sul-africanos, três soldados da África do Sul pertencentes às tropas de uma força regional (SAMIDRC), destacados desde o final de 2023 no leste da RDC, foram mortos nos confrontos com o M23, tendo outros 18 outros ficado feridos.
A África do Sul enviou 2.900 soldados para a RDC como parte das forças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, que também incluem tropas do Malawi e da Tanzânia.
Num comunicado divulgado este sábado, a União Europeia (UE) insta o M23 a “travar o seu avanço” e a “retirar imediatamente”: “A UE reafirma que o Ruanda deve deixar de apoiar o M23 e retirar-se”, sustentam os 27.
Por sua vez, o Presidente de Angola, João Lourenço, mediador do conflito nomeado pela União Africana, “condenou veementemente estes actos irresponsáveis do M23 e dos seus apoiantes”, que diz estarem a comprometer o processo de paz, e apelou “às partes para que regressem imediatamente à mesa das negociações”.