Sociedade

Sociólogo denuncia abandono da investigação científica nas universidades

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A “investigação científica em Angola não é suficientemente valorizada” devido a falta de políticas assertivas visíveis, bem como o desinteresse das universidades pela expansão dos trabalhos científicos, segundo o sociólogo Agostinho Paulo.

Falando esta sexta-feira, 26, ao Correio da Kianda, o especialista fez saber que a quase inexistência de pesquisadores autênticos, motivada pela desvalorização da cientificidade no país, é um assunto que deve estar no cerne das preocupações de qualquer Executivo comprometido com o desenvolvimento social.

 “Faltam políticas visíveis e tangentes que valorizem todos os indivíduos promotores dos estudos. Em Angola, dá-se pouca importância para a investigação científica. Nós podemos pesquisar, mas não vamos viver disso porque não há valorização”, considerou.

Para o sociólogo, a população angolana precisa de ser consciencializada sobre a importância da investigação, uma vez que é possível observar nas universidades locais um “cemitério” dos trabalhos de monografia apresentados pelos próprios estudantes.

Considera que as instituições de ensino superior fazem um “péssimo aproveitamento dos estudos” porque, de acordo com o mesmo, “não há vida, não há produção nem expansão dessas informações produzidas localmente”.

Neste capítulo, avança o perito, o sector da saúde é o mais crítico por não apresentar iniciativas de investigação.

“Do ponto de vista da saúde nós não temos nenhum cientista e não há pesquisas valorizadas. Nós tivemos a Covid19, mas até aqui não conseguimos manipular nenhuma substância que viesse dar resposta a doença”, disse.

Agostinho Paulo entende que o Executivo, através do Ministério do Ensino Superior, deve, em colaboração com as Universidades, promover e apostar na cientificidade.

Somente por essa via, continua o também comentador residente do Correio da Kianda, será possível maximizar os níveis e resultados de pesquisas por formas a ajudar a resolver os problemas sociais.

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