Sociedade
Sociedade civil lança nova petição contra actual CRA
A organização da sociedade civil Jovens pela Pátria (JPP) recolhe assinaturas para pedir aos órgãos de soberania do país a anulação e declaração de inconstitucionalidade da actual Carta Magna, que impede cidadãos independentes de concorrerem à Presidência da República sem estarem afiliados a qualquer formação política.
A informação foi prestada pelo secretário-geral da Jovens pela Pátria, Domingos Emanuel, agremiação responsável pela formação de mais de trinta jovens que irão às ruas para interagir com a população no processo de recolha de assinaturas.
“O seminário visa capacitar os nossos membros com objectivo de estarem bem informados sobre as linhas com que iremos usar durante a fase de recolhas de assinaturas para revisão da Constituição”, disse e acrescenta que após recolha, iremos apresentar as instituições de soberania do país como, Assembleia Nacional, Tribunal Supremo e ao Presidente da República.
Domingos diz que é necessário que todas as forças vivas do país, não permitam que “vamos para as eleições gerais de 2022 com a actual constituição”. O activista é de opinião que a CRA deve ser revista com urgência.
Fernando Sakuayela, professor e activista, disse que a formação visa também uma realização em torno da cidadania com vista a resgatar a participação cívica na vida pública. Fernando diz que é chegado o momento que “devemos erguer em Angola a república dos cidadãos, em detrimento da República dos militantes”.
A formação ira criar técnicas para revisão da constituição para bem da democracia, porque entendemos nós que actual constituição é um atentado grave aos princípios democráticos e da éticas republicanas pelo que este primeiro seminário vai criar ferramentas possíveis de uma discussão legal e ordeira que vai terminar com a revisão da CRA, realçou o professor.
O activista apela a sociedade civil e os partidos políticos para compreenderem que é chegado o “momento de abraçarem Angola dos angolanos e deixarem de parte os egos de grupo para edificarmos uma republica de todos nós, disse e acrescenta que “afinal, a pátria é o lugar onde todos nós cabemos, então é fundamental que a sociedade civil, os partidos políticos e as demais organizações dêem as mãos para podermos compreender que a nossa constituição atenta à democracia”.