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SJA “puxa orelha” a membros da ERCA

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O Sindicato dos Jornalistas Angolanos SJA) fez sair esta semana um comunicado onde apela aos membros da Entidade Reguladora da comunicação Social (ERCA) a pautarem pela ética e deontologia.

“Mais de um ano depois da sua criação, é com alguma preocupação fundamentada que o Sindicato dos Jornalistas Angolanos tem estado a acompanhar o desempenho da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA)”.

“Em causa estão os incidentes que têm marcado o relacionamento entre os seus membros, mas sobretudo a sua notória ausência do espaço mediático onde era suposto que a mesma concentrasse as suas atenções ao abrigo das suas principais atribuições e competências legais”, diz o comunicado.

Assinado pelo seu Secretário-geral, Teixeira Cândido, a crítica surge depois deste organismo encabeçado pelo ex-deputado do MPLA, Adelino Marques de Almeida, eleito pelos “Camaradas” ter sancionado o jornalista Carlos Alberto, indicado pela UNITA, por segundo este “ter faltas injustificadas”.

Na carta publicado pelos órgãos de imprensa, Teixeira Cândido lembra ainda as competências daquela Entidade.

“A ERCA tem ainda a competência de apreciar, por iniciativa própria, ou mediante queixa dos interessados os comportamentos susceptíveis de configurar violação de quaisquer normas legais e regulamentares aplicáveis aos órgãos de comunicação social, adoptando as providências adequadas”.

“No entanto, a ERCA tem sido notícia de primeira página e tema de diferentes e nada elogiosos comentários nas redes sociais, mais pela natureza dos seus conflitos internos, do que pela essência da sua actividade como órgão regulador da comunicação social, onde praticamente e até agora se tem destacado por um ensurdecedor silêncio, muito difícil de entender”, lembra.

Por outro lado, num texto assinado pelo jornalista Reginaldo Silva, membro da ERCA, indicado pelo SJA, este saí em defesa de Carlos Alberto, afirmando que o processo “não se justifica”.

“Neste contexto que aqui se resume, o problema das faltas injustificadas chega a ser risível, numa instituição onde o Presidente até justifica ausências para o exterior e por várias semanas de outros membros em “missões” estritamente particulares”, acusa.

Reginaldo, vai ainda mais longe ao destapar alguns problemas vividos internamente pela ERCA.

“As últimas faltas de Carlos Alberto em abono da verdade foram o resultado de um desentendimento, pois ele decidiu gozar as suas férias que constavam do plano e o Presidente entendeu que ele não tinha solicitado autorização”, explicou.

O jornalista saí ainda em defesa de Carlos Alberto, afirmando que “é o único que cumpri com o seu papel de regularização da Comunicação Social”.

“O processo que foi montado ao Carlos Alberto traduz sim o clima persecutório prevalecente na instituição contra a sua presença/intervenção crítica no espaço público, onde em abono da verdade e quer se concorde ou não com ele, é o único membro que faz por iniciativa própria alguma regulação da comunicação social”, atira.

O Correio da Kianda sabe, entretanto, que o antigo jornalista da LAC Antena Comercial tem sofrido muita pressão interna pela forma como tem apresentado as suas ideias publicamente, tendo mesmo já manifestado publicamente que é vítima de perseguição interna.

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