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Sociedade

“Situação social, económica e política de Angola se resolve com políticas espirituais”, afirmam pastores

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A Ordem dos Pastores Evangelistas de Angola e Ministério de Arrependimento e Santidade em Angola realizaram, neste fim-de-semana, um culto denominado um “clamor à nação”, a favor da actual situação social, política e económica que assola a sociedade angolana. Como símbolo de arrependimento e santificação, os fieis no local foram orientados a vestir-se de sacos e esfregarem cinzas no rosto.

O pastor Pedro Boaventura, bastonário da Ordem dos Pastores Evangelistas de Angola, disse no final do culto, que o evento serviu para poder reflectir sobre o mal que tem causado na sociedade. “É assim que nós entendemos para que haja uma intervenção da parte de Deus, mas para que Deus intervenha, é preciso que a sua igreja através dos seus ministros proclamam esse jejum, e é, a partir daí reconhecemos as nossas falhas e nossos pecados por isso, estamos a suplicar perante a Deus, para que veem em nosso socorro e suprir as nossa necessidades e transformar a nossa nação numa nação que realmente crê na presença divina”.

Para mensageiro da palavra divina, as questões como a de violência nos lares, nas ruas, assaltos a mão armada e desestruturação das famílias, as questões da falta de sensibilidade nos atendimentos nos hospitais públicos e questão de corrupção, são estes e outros males que levou-nos dobrar os nossos joelhos para pedirmos e suplicarmos a Deus para que venha e dê sabedoria a esta nação para que de facto vivamos em união.

Já o arcebispo Pedro Manuel Trindade, líder espiritual do Ministério de Arrependimento e Santidade de Angola, disse em declaração ao imprensa, que o evento foi de caracter nacional, decorrendo em simultâneo nas demais província do país, justificando que a realidade que se vive tem haver com o país todo.

O evento que decorreu no Cazenga, em Luanda, segundo o líder espiritual do Ministério de Arrependimento e Santidade de Angola, a escolha deste município foi feita de forma propositada, visto que foi nesta localidade onde começou a revolução da luta armada, e é por cá também “onde deve começar a revolução do evangelho nesta nação”.

“Por muito tempo as igrejas foram hostilizadas e colocadas de parte, e hoje, nós vivemos uma realidade que sentimos que o governo começa a compreender que precisa das igrejas mais próximas e ouvir a voz da igreja, disse o religioso e assegura que tem problemas sociais que não se resolvem com politicas ideológicas, e têm de ser resolvidos com questões espirituais”.

O pastor enfatizou também que os fenômenos sociais como a pandemia da Covid-19, fome, miséria e seca que estão a se registar nos últimos tempos sinais para anunciar a vinda de Cristo. Tudo isso veio esgotar a grandeza dos homens e deve elevar-nos a reflexão profunda, avançou e destaca que os governos devem ouvir a Deus, ouvir os conselhos das igrejas e só por isso vamos vivendo estes momentos críticos e olhando para os angolanos a comerem nos contentores, o índice de prostituição e tudo que é negativo no país tem preocupado a igreja.

Pedro Manuel Trindade, admitiu que nos últimos tempos, as igrejas não conseguiam se impor tornando-se politizadas pelos governantes, o que tirou a credibilidade e o perfil das igrejas em que muitos aproveitavam-se delas e tiravam alguns dividendos por isso, que não tinham moral para corrigirem determinados erros dos políticos. Desta feita, o arcebispo frisou também que este arrependimento deve começar nas igrejas, porque são eles os detentores da moral e reserva na sociedade.

O líder religioso apelou ao governo angolano, que ouvem as igrejas e que deixem de criar hostilidades com igrejas, no entender do obreiro, “não há desenvolvimento numa nação sem o apoio das igrejas, porque Deus é o autor da vida e é o autor da prosperidade porque nada está nesta nação foi um governo que plantou e foi Deus que deu e precisamos reconhecer e voltarmos a Ele”.

Sobre o Saco e a Cinza, o cristão disse que simbolizam “choro, óbito, lamentação, tristeza e angustia e olhando para nosso país, não tem como, não chorarmos e lamentarmos. O índice de corrupção e a vergonha em que o país está nós têm que chorar para que Deus tenha de mudar o estado da nação”.