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África

Situação política em Moçambique em análise esta quinta-feira na Rádio Correio da Kianda

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A situação política em Moçambique estará em análise esta quinta-feira, 9, na rubrica “tem a palavra” do magazine informativo Capital Central da Rádio Correio da Kianda.

Os especialistas Eurico Gonçalves, Gaspar Luamba, Romeu Carlos ( Moçambicano) e Manuel Kamuenho, vão analisar os cenários político, social e econômico, que se podem vislumbrar para aquele país irmão do Índico.

A situação é considerada calma e de bastante espectactiva por parte dos Moçambicanos, numa altura em que o candidato presidencial Venâncio Mondlane, que está fora do país, alegando questões de segurança, desde 21 de outubro, quando foram desencadeadas as manifestações pós-eleições de 09 de outubro, é aguardado em Maputo, hoje, no mesmo dia em que o Presente local Filipe Nyuse, convocou um encontro com os presidentes dos partidos concorrentes, entre eles Albino Forquilha, do PODEMOS, que apoiou Mondlane.

Por cá, os partidos que confirmam a plataforma política Frente Patriótica Unida (FPU), endereçaram uma carta ao presidente Filipe Nyuse, no sentido de por meio das instituições e pessoal garantir a segurança de Mondlane.

Na carta assinada pelos seus líderes a que a Rádio Correio da Kianda teve acesso, os partidos instam o presidente Moçambicano a velar pela segurança de Venâcio, para evitar males maiores.

“Nós, partidos angolanos (UNITA, PRA-JA e Bloco Democrático) e Membro da Sociedade Civil reunidos na plataforma política Frente Patriótica Unida (FPU) também partilhamos desse sentimento geral dos angolanos e alimentamos a esperança de uma judiciosa solução – por isso, ao tomarmos conhecimento da decisão de Venâncio Mondlane, candidato presidencial às eleições de 9 de Outubro de 2024, de regressar ao país, depois de se ter exilado em país estrangeiro, por julgar então eminente a sua eliminação física, tal como já havia acontecido com duas proeminentes personalidades ligadas a si, designadamente o advogado Elvino Dias, seu assessor e Paulo Guambe, mandatário do partido PODEMOS, mortes que se juntam as de Anastácio Matável, activista social, morto em 2019 ou a do jornalista Carlos Cardoso, morto em 2000, executados em circunstâncias semelhantes – pelo que vimos, em nome dos laços históricos que ligam os nossos dois povos, solicitar que Vossa Excelència se empenhe institucional e pessoalmente na protecção de Venâncio Mondlane, pois percebemos que estando ele à cabeça do amplo movimento que reivindica a Verdade Eleitoral, uma atitude contra a sua integridade fisica ou à sua privação de liberdade pode conduzir o pais ao caos, situação que não interessa a ninguém mesmo aos sectores de grande poder em Moçambique que tardam em compreender que é preciso mudar as formas de governação (renegociar o “contrato social”) e que a arquitectura juridico-legal dos sistemas eleitorais de muitos paises da região continua, infelizmente, a padecer do vicio original do partido-Estado, da opacidade e falta de escrutínio de todos os actores, os quais, aliados a falta de independência do judiciário e ás violações recorrentes dos Direitos Humanos, constituem obstáculos maiores a consecução da Democracia nos nossos países”, enfatiza a carta.

Lembrar que, o Conselho Constitucional de Moçambique validou, os resultados finais das eleições gerais do país realizadas no passado dia 9 de outubro e proclamou o candidato apoiado pela Frelimo, Daniel Chapo, como vencedor nas presidenciais com 65,17%, numa decisão que não é passível de recurso.

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