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Sindicato dos professores aceita os 12,5% propostos pelo MED

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O Sindicato Nacional dos Professores aceitou, em assembleia, a proposta de 12,5 por cento de aumento no subsídio de inovação pedagógica, apresentada pelo Ministério da Educação, na última reunião da ronda negocial entre as partes. Porém, condiciona: “se o governo continuar a descontar o IRT com os subsídios e não apenas no salário base vamos recorrer à terceira fase da greve”.

Estas informações foram prestadas com exclusividade ao Correio da Kianda, pelo presidente do SINPROF, Guilherme Silva, na noite desta quinta-feira, 2 de Fevereiro.

O presidente disse que o SINPROF reuniu com todos os secretários provinciais, na tarde de ontem, onde os mesmos concordaram em aceitar os 12,5 por cento apresentados pelo Governo, uma vez que o MED prometeu continuar a dialogar e melhorar as condições salariais quando o orçamento sofrer reajustes ao longo do ano.

“Tivemos um bom senso, 12,5 não nos satisfaz, claramente, mas nas negociações o governo deixou patente que vai melhorar ao longo do ano quando reajustarem o orçamento. Reunimos com todos os secretários provinciais, fomos unânimes em aceitar os 12,5 por cento, uma vez que também os 30 por cento dos subsídios dos exames mantém, o que dá uma ligeira folga”, frisou.

Guilherme Silva acrescentou também que o SINPROF relevou, de igual modo, a questão da promoção de carreira dos agentes educativos que estão há mais de 10 anos sem virem as suas categorias melhoradas, bem como a situação dos professores que elevaram o seu grau académico

“A par dos subsídios de inovação pedagógica e do IRT, também levamos à mesa de negociações a questão das promoções de carreira e, graças a Deus, essa situação foi ultrapassada, bem como os casos dos colegas que elevaram o seu grau académico saindo de técnicos médios para licenciados, esses automaticamente subirão de grau, uma luta que consideramos vencida”, acrescentou.

O sindicalista sublinhou que numa luta, não se ganha tudo e não se perde tudo. Todavia, lutamos e chegamos onde estamos. Hoje o Conselho de Ministros aprovou o documento onde consta os subsídios de isolamento, residência e outros, uma luta que nós SINPROF iniciamos e esperamos a materialização do mesmo nos próximos dias, os nossos colegas nas zonas recônditas sofrem muito e estes subsídios vão melhorar a vida dos mesmos”.

Relativamente ao IRT e a separação das fichas financeiras dos salários e dos subsídios de férias, Guilherme Silva disse ser essa a condicionante para não irem a uma terceira fase da greve.

“Na segunda-feira vamos levar o nosso parecer ao MED e a nossa condição é a separação do desconto do IRT simplesmente no salário base não com os subsídios tal como tem acontecido, outrossim, é também a separação da ficha financeira do salário normal com a ficha financeira dos subsídios de férias, caso essa situação não for resolvida, então partiremos para a terceira fase da greve, pois consideramos essa situação preponderante para a vida e o alívio financeiro dos professores”, finalizou.

De recordar que o MED, na última reunião da ronda negocial com o SINPROF, terça-feira, 31, referiu que os 12,5 por cento apresentados é o possível e realista dentro do orçamento alocado para aquele sector e o representante do referenciado Ministério afirmou categoricamente ser o último encontro de negociações com os representantes legais dos professores.

Radio Correio Kianda




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