Sindicato dos Jornalistas tem novo secretário geral

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) tem desde sábado, 28 de Setembro, um novo secretário geral, eleito no congresso realizado no Centro de Formação de Jornalista (Cefojor), em Luanda.

Trata-se de Pedro Miguel, jornalista da Rádio Nacional de Angola, eleito com 67 votos (lista A) contra 22 de Victorino Matias, que encabeçou a lista B, substituindo desta forma, Teixeira Cândido, que liderou a organização nos últimos oito anos.

Entretanto, contas feitas, o VII Congresso Ordinário do Sindicato dos Jornalistas Angolanos foi marcado por um considerável número de abstenções.

Na sua primeira intervenção como Secretário Geral do SJA, Pedro Miguel disse que o alinhamento com os princípios éticos e deontológicos vai ser a sua bandeira junto dos profissionais da classe, numa gestão que segundo fez saber, pretende contar com todos.

O novo secretário geral do Sindicato dos Jornalistas prometeu, por outro lado, dar continuidade ao trabalho e actividades desenvolvidas pelo seu antecessor, nos oitos anos de consulado.

“Procurarei, ao meu ritmo, embora não será fácil, me afirmar com os meus métodos, sendo eu mesmo, sem defraudar as expectativas dos colegas que depositaram a máxima confiança em mim e no meu elenco”, afirmou.

Por sua vez, Teixeira Cândido prometeu prestar “todo o apoio necessário” à nova direcção do SJA.

Ao balancear o seu consulado, Teixeira Cândido apontou a melhoria das condições sociais dos Jornalistas Angolanos e a luta pela liberdade de imprensa no país, como alguns dos seus maiores feitos.

Entretanto, não deixou de apontar os desafios para Pedro Miguel, que passam pela aquisição da sede para o Sindicato, a implementação do Qualificador Ocupacional nos órgãos de comunicação social privados e a permanente luta pela liberdade de imprensa no país.

Recomendações do Congresso

Os delegados ao VII Congresso Ordinário do Sindicato dos Jornalistas Angolanos recomendaram a formalização de um acordo entre a Comissão de Carteira e Ética e o SJA, para o reforço da fiscalização e verificação da regularidade dos profissionais.

Os congressistas recomendaram, igualmente, a notificação dos profissionais em situação irregular no sentido de solicitarem a emissão da carteira junto da CCE.

Os participantes defenderam a alteração da forma de designação dos membros dos conselhos de administração dos órgãos públicos de comunicação social, para salvaguardar a sua independência editorial.