Economia
Sindicalistas apelam empresas cumprirem com salário mínimo de Kz 70 mil
O salário mínimo nacional será fixado em setenta mil kwanzas, a partir do mês de Setembro do ano em curso, contrariamente ao que tinha sido anunciado após o acordo entre as centrais sindicais e o governo, de que o aumento só aconteceria em 2025, de acordo com o Diário da República tornado público esta quarta-feira.
Entretanto, em declarações ao Correio da Kianda o porta-voz das Centrais Sindicais, Teixeira Cândido, disse que o decreto reflecte aquilo que foi o acordo entre as centrais sindicais e o governo.
Teixeira Cândido, apela igualmente às empresas a cumprirem com o que o decreto estabelece, e pede fiscalização por parte dos trabalhadores.
“Até Setembro, as empresas terão que pagar 70 mil kwanzas com exceção das empresas iniciantes ou startups. No essencial o que ficou resolvido é que ficou no acordo e dentro de doze meses terão de pagar cem mil kwanzas e aquilo que acordamos então vamos esperar que as empresas cumpram e fazer apelo aos trabalhadores que sejam eles que pressionem para que as empresas cumpram”, disse, o também representante do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, já em fim de mandato.
Para o economista Carlos Quivota, a fixação do salário mínimo nacional para 70 mil kwanzas, poderá beneficiar significativamente e aumentar a qualidade de vida das famílias.
“De certeza que essa política de aumento salarial vai beneficiar os cidadãos e contribuir positivamente para aquilo que é a melhoria da qualidade de vida da população. Vimos que essa política vai aumentar o poder de compra das populações de modo a mitigar os efeitos negativos da inflação”, afirmou.
O economista disse, por outro lado, que quando se aumenta o salário mínimo nacional, aumenta-se também o Produto Interno Bruto o que resultará em crescimento qualitativo.
“Se aumentarmos o salário, de certeza que vamos aumentar o PIB por que o aumento salarial dos trabalhadores vai aumentar o consumo”, disse.