Sindicalista critica qualidade do Ensino Superior em Angola

O secretário-geral do Sindicato dos Professores Universitários, Eduardo Peres Alberto, criticou esta terça-feira, 08, a qualidade do Ensino Superior em Angola, e disse que tem sido um “processo” e um dos principais pontos levantados foi a precariedade das condições de trabalho e infra-estrutura nas instituições de ensino, falta de verba para investigação científica e de investimentos que é uma responsabilidade do Estado.

O secretário-geral do Sinpes, falava no programa Capital Central, que olhou para os “Desafios e perspectivas das universidades angolanas para o novo ano académico”, mencionou que, apesar do memorando de entendimento assinado entre o Ministério do Ensino Superior e o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior e o MAPTSS, os problemas continuam sem solução.

O Secretário-geral do Sindicato de Professores do Ensino Superior de Angola afirmou que a avaliação dos cursos realizada pelo Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior, veio dar resposta ao clamor do sindicato que já havia feito o mesmo estudo.

Eduardo Peres avançou que, o governo angolano peca ao dar descontinuidade aos cursos de saúde, ao invés de investir.

O sindicalista apontou que, apesar do trabalho do instituto de avaliação, a reprovação de cursos de Medicina e Ciências da Saúde por má qualidade é preocupante, especialmente considerando que as instituições públicas são patronato do próprio Governo.

Por sua vez, o académico Cláudio Capita acredita que, actualmente, pode-se fazer uma avaliação razoável, apesar dos vários problemas com que se debate o Ensino Superior angolano.