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Silêncio dos EUA sobre Lloyd Austin eleva níveis de especulação
A Lei norte-americana obriga a que a Casa Branca seja imediatamente informada pelo Pentágono sempre que o secretário da Defesa não esteja em condições de executar a função, facto que não se registou em relação a Lloyd Austin que já está ausente desde o início do ano. O ex-presidente Donald Trump apela a demissão, mas Joe Biden já disse não.
Aumentam os rumores sobre as razões de saúde que afastam o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, das suas funções há já nove dias.
E o silêncio nada tradicional norte-americano relacionado com o estado de saúde de seus governantes não deixa outra alternativa, senão a criação de narrativas diversas, tendo em conta as informações que cada segmento da sociedade e do mundo vai obtendo.
Por exemplo, a lei norte-americana que define a relação entre a Casa Branca e os órgãos de defesa, e que foi ‘deliberadamente’ violada, obriga a que o governo seja imediatamente informado pelo Pentágono sempre que o secretário da Defesa não esteja em condições de executar a função, algo que não aconteceu, dado que o presidente Joe Biden, à semelhança de seus colaboradores mais directos, desconhece não só a razão mas também que Lloyd Austin estivesse internado.
Donald Trump, antigo inquilino da Casa Branca, e que procura voltar ao poder, acusou Lloyd Austin de “conduta profissional inadequada e abandono do dever”, e que em face disso devia ser exonerado. “Ele está desaparecido há uma semana e ninguém, incluindo seu chefe, tinha a menor ideia de onde ele estava ou poderia estar”, criticou Trump na sua rede social, a Truth.
Entretanto, o presidente Biden já fez saber que a demissão não vai acontecer.
Na quinta-feira passada, em conferência de imprensa, o porta-voz do Pentágono, o major-general Patrick Ryder, confrontado pela imprensa referiu que o internamento de Austin, este que se tem desdobrado visando aumentar a influência militar dos EUA no mundo, não foi divulgado por ser ainda “uma situação em desenvolvimento que envolvia uma série de factores”, nomeadamente médicos e de privacidade individual.
E não hesitou em assinalar que Kathleen Hicks, secretária adjunta, está “preparada para agir e exercer os poderes do secretário, se necessário”.
“Num período em que há ameaças crescentes aos militares americanos no Médio Oriente, e os Estados Unidos têm um papel vital para a segurança nacional nas guerras em Israel e na Ucrânia, é crucial para a sociedade americana estar informada sobre a saúde e capacidade de decisão do responsável pela sua defesa”, argumentam jornalistas citados pela Reuters, para quais o Pentágono “não pode alegar a privacidade nesta situação”, e lembram que até o estado de saúde de Joe Biden tinha sido exposto quando foi submetido a uma colonoscopia.
Contudo, a ausência de informação concreta eleva os níveis de desconfiança sobre as razões do internamento de Austin, sendo que há segmentos a sugerir que talvez o secretário de Defesa tenha sido atingido num ataque russo em Kiev, durante uma alegada visita secreta, daí o rigoroso secretismo não só sobre seu estado, mas também sobre o tipo de enfermidade, uma prática alheia aos EUA.
Já outros, mais optimistas, sublinham que Lloyd Austin, de 70 anos de idade, sofre de uma patologia sobre a qual já terá beneficiado de assistência médica, e que ainda a 22 de Dezembro terá sido submetido a um procedimento médico, entretanto, ninguém avança que doença é essa.
Lloyd Austin, um general aposentado, é o 12º comandante do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), sendo o primeiro negro a liderar a tão importante instituição.
Tem correspondido as expectativas em relação aos planos de Joe Biden de alargar a cooperação e influência militar dos Estados Unidos da América. Em Setembro de 2023, Lloyd Austin esteve em Angola visando o alcance dos objectivos enunciados. Depois do encontro com o Presidente João Lourenço, Austin fez saber que discutiu com o estadista angolano aprofundar a cooperação bilateral em modernização militar, treinamento, segurança marítima e prontidão médica.
Cruz
10/01/2024 em 8:00 am
Como ele viajou varias veses para a Ucrania,deve ter sido contaminado ou vitima das radiaçoes das bombas com uranio empobrecido que os mesmos e os seus aliados Tommys( Ingleses forneceram ao regime fascista Ucraniano..Pode ser
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