Sociedade
SIC investiga gestores de distribuidoras de combustível
Alguns gestores de distribuição de combustível estão a ser investigados pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) na Huíla, por suposto envolvimento no caso de desvio de quatro milhões e 95 litros de gasóleo, de Novembro de 2016 a Janeiro de 2017.
O primeiro grupo de 26 envolvidos foi julgado e condenado em Março deste ano, a penas maiores de dois a 12 anos e sete meses.
Esta será a segunda fase do processo e desta vez estão arrolados no mesmo responsáveis da empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL) e das respectivas centrais eléctricas da Arimba e Canguinda (receptoras) e as distribuidoras privadas, Admar Damião e a Sociedade Tchivangulula.
A informação foi avançada, terça-feira, no Lubango, pelo director provincial-adjunto interino do SIC, superintende Abílio Amândio, mesmo sem avançar o número de envolvidos nesta segunda fase do processo “caso combustíveis”, destacando que a averiguação dos factos, surge em detrimento dos novos elementos resultantes das discussões em sede de julgamento.
O processo, segundo o oficial, está em curso desde Março último e em breve será remetido ao Tribunal para o seu devido tratamento. Na primeira fase, o processo envolveu 29 arguidos, um dos quais foragido e foi julgado à revelia, cujos delitos associam-se ao desvio de 117 camiões cisternas de gasóleo, com capacidade para 35 mil litros cada.
O combustível desviado tinha como destino o abastecimento nas subestações eléctricas do Lubango.
O processo de julgamento teve início a 22 de Janeiro e terminou a 14 de Fevereiro do ano em curso (14 sessões). Este é o terceiro caso de roubo mediático de combustível na Huíla, sempre envolvendo motoristas de empresas transportadoras contratadas pela Sonangol, que buscam o produto a partir do Porto do Namibe, a 180 quilómetros do Lubango, fazendo descargas antes do destino.
O primeiro ocorreu em 1998, que culminou com a expulsão de vários funcionários da concessionária nacional de combustíveis, a Sonangol.