Sociedade
SIC desmantela rede internacional de tráfico de drogas
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) confirmou, nesta segunda-feira, 07, o desmantelamento de uma rede internacional de tráfico de droga, do tipo cocaína. O grupo, detido na última quinta-feira, 04, no Distrito Urbano do Palanca, município do Kilamba Kiaxi, Luanda, era composto por sete elementos, um dos quais português.
Conforme o SIC, fazem parte da rede, liderada por um angolano, um suposto oficial (tenente) das Forças Armadas Angolana (FAA) e um agente da Polícia Nacional.
As drogas, que eram transportadas a partir do aeroporto de Guarulhos, Estado do São Paulo (Brasil), por passageiros de voos comercial da TAAG (chamadas mulas), desembarcavam no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, capital do país.
Em declarações à imprensa, o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC, superintendente prisional Manuel Halaiwa, disse que a rede tinha ramificações em Angola, no Brasil, no Congo Democrático e em Portugal.
Explicou que da última acção do grupo, realizada em Novembro último, os operativos do SIC apreenderam, no Aeroporto 4 de Fevereiro, seis quilogramas de cocaína.
Referiu que o mandante, de 49 anos, era seguido desde 2018, e na altura da sua captura tinha em posse 13 bilhetes de passagens da TAAG, em nome de duas cidadãs (das quais uma é esposa), três telemóveis, igual número de carimbos de empresas e duas cartas de condução da RDC, em seu nome, entre outros haveres.
De acordo com o oficial, até o produto chegar às mãos do mandante em Angola, o grupo obedecia uma cadeia organizada, com vários líderes em diversos pontos.
O mandante tinha a missão de comercializar o produto e recompensar com quantias monetárias as mulas e os receptores, enquanto o cidadão português tinha a missão de recrutar e assegurar o transporte da droga para Luanda.
Entretanto, de Janeiro a Novembro último foram abertos nove processos-crimes por tráfico de drogas, com 15 detidos, dos quais quatro mulheres (uma de nacionalidade namibiana) e um homem com dupla nacionalidade (angolana e brasileira).
Durante o período em referência, foram apreendidos, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, 39 quilos e 94 gramas de cocaína.
Para chegar a Angola, as drogas eram enroladas no corpo ou em diversas bolsas pequenas, pelos seus transportadores.
Por Angop