“Sem melhores estradas primárias será difícil encontrar medidas de melhoria das vias terciárias”

O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, anunciou sexta-feira última, a implementação, no próximo ano, do programa de reabilitação das estradas terciárias em todo o país. Entretanto, o analista Agostinho Sicato disse que, a concretizar-se a intenção do Executivo, poderá mitigar as actuais dificuldades de acesso nas vias terciárias do campo.

Em declarações à Rádio Correio da Kianda, o politólogo avançou também que a medida poderia se estender nos centros urbanos.

“As vias das províncias das Lundas Norte e Sul, Bengo e Benguela”, só para citar, apresentam um quadro preocupante.

Já, o empresário vocacionado no ramo de agro-negócio, Fidelino Queirós, falou que o anúncio do Ministro Carlos dos Santos “é bom”, mas entende que “a primazia deveria ser dada as vias primárias, reforçar a fiscalização das empresas contratadas e o controlo do peso dos camiões”.

A falta de manutenção é indicada por Fidelino como um dos factores que levam a degradação das vias de comunicação, e, aponta que as estradas provinciais e municipais deveriam ter melhores condições para facilitar o escoamento dos produtos.

O homem de negócio disse que, se não existir melhores estradas primárias será difícil encontrar medidas de melhoria das vias terciárias, e aconselha que o ministro de Urbanismo e Habitação deveria manter um encontro de cooperação com o homólogo da Namíbia, que tem uma rede espectacular, primária, secundária e terciárias.

recordar que, segundo o Ministro Carlos dos Santos, a implementação no próximo ano, do programa de reabilitação das estradas terciárias em todo o país tem como objectivo impulsionar a produção agrícola no meio rural, e facilitar o escoamento dos produtos do campo para os mercados de consumo.

O Obras Públicas, Urbanismo e Habitação disse que há a necessidade de se executarem acções de correcção das vias terciárias e as respectivas pontes.